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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Dilmar revela dificuldades em lidar com deputados novatos e agradece “empenho da oposição”

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Dilmar revela dificuldades em lidar com deputados novatos e agradece “empenho da oposição”
Um ano se passou desde que o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM) reassumiu a liderança do Governo do Estado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A “missão” foi uma verdadeira prova de fogo para o parlamentar, que chegou a ser ‘advertido’ pelo Governo por conta de sua atuação em prol dos segmentos contrários à minirreforma tributária do governador Mauro Mendes (DEM). O maior desafio, segundo ele, foi lidar com a grande renovação na Casa imposta pelas eleições do ano passado. Todavia, Dilmar contou com uma ajuda inusitada: dos deputados de oposição.


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“Com certeza é mais difícil agora. A Casa teve uma renovação muito grande de seus parlamentares. Hoje, com toda certeza, existe uma dificuldade de se conseguir estabelecer um diálogo como fazíamos antigamente. Eu converso bastante, não sou um deputado de contrapor em tribuna, gosto de conversar com cada parlamentar e esclarecer as coisas, então, nesse sentido tenho tido mais dificuldade. Mas todas as mensagens do Governo esse ano foram aprovadas, então creio que tivemos um ano de sucesso”, contextualizou o parlamentar, em entrevista ao Olhar Direto.

A gestão de Mauro Mendes, sob a premissa do desequilíbrio financeiro, iniciou com o que ficou taxado, na época, como o “pacote de maldades” do Governo. Projetos que congelaram o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e outras progressões de carreira do funcionalismo, a ampliação da taxação do agronegócio e a extinção de empresas públicas, levaram centenas de pessoas às galerias do Legislativo. “Ficamos sitiados”, relembra Dilmar.

Outro pedido polêmico do governador foi a autorização para contrair um empréstimo de US$ 250 milhões e trocar o credor de uma dívida pré-existente. Os termos da transação provocaram reação negativa de deputados de oposição, mas depois de mais de cinco horas de discussões o projeto também passou.

O maior dos trunfos da liderança este ano, porém, foi sem dúvida a aprovação da minirreforma tributária – embutida na revalidação dos incentivos fiscais. Durante o processo de votação da matéria, que alterou regras para concessão de incentivos fiscais em Mato Grosso, Dilmar vinha sendo apontado nos corredores do Palácio Paiaguás como responsável por “jogo duplo”, supostamente atuando contra os interesses do Governo em alguns pontos do texto.

Dilmar, por exemplo, foi fundamental em discussões que modificaram a proposta original da equipe econômica de Mendes, em trechos que eram fortemente criticados por setores como o algodão e a agropecuária.

O Governo do Estado, na ocasião, chegou a emitir nota na tentativa de apagar o incêndio na relação com o deputado, ponderando que Dilmar buscava consenso entre os segmentos. No final das contas, o texto foi votado em tempo recorde, em sessão que durou mais de 10 horas e manteve praticamente todos os deputados por uma madrugada inteira na Assembleia Legislativa.

“Sempre tenho falado com a Casa Civil que a Assembleia pensa no futuro, não pensa exclusivamente no Governo Mauro Mendes. Hoje eu me sinto feliz com a oposição, porque eles nos orientam e nos orientam bem. Nós precisamos dessa discussão, até porque a Assembleia é independente”, comentou o parlamentar.

Para o próximo ano, o deputado – que apesar dos embates permanece na liderança de Mendes – se prepara para convencer a Casa da necessidade de aprovação da Reforma da Previdência. Outros textos “amargos” também devem entrar no debate, como a Cota Zero e a validação de mais uma Reforma Tributária, após a aprovação da nacional.

“Vamos debater a previdência, porque o que está sendo discutido agora traz apenas dois itens da Reforma nacional, a alíquota e a isenção do salário mínimo. Alguns estados aprovaram a Reforma na íntegra, mas nós vimos que teríamos dificuldades em passar aquele texto, naquele formato, aqui na Assembleia. Então nós desmembramos alguns pontos setoriais. Ano que vem o Governo também precisa entrar na questão do Pantanal, criar uma lei especifica nesse sentido, das Parcerias Público Privadas... No mais, dependemos da Reforma Tributária Federal, ainda não sabemos se ela irá se aplicar como regra geral para os estados ou se será como na Reforma da Previdência. E o Estado precisa economizar mais, nós precisamos levar resultados lá na ponta, porque o cidadão comum paga seus impostos, mas não usufrui. Tem que enxugar mais. O Estado hoje arrecada para o Estado e isso precisa ser invertido, o dinheiro publico tem que voltar para a sociedade”, pontuou.
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