Uma emenda do vereador Adilson da Levante (PSB) poderá fixar o ‘Dia do Evangélico’ como um feriadão prolongado todo mês de agosto. O polêmico projeto, apresentado por Marcrean Santos (PRTB), seria colocado para discussão nesta sexta-feira (27), mas acabou sendo retirado de pauta a pedido do próprio parlamentar, após turbulenta discussão na Câmara Municipal.

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De acordo com o projeto, o ‘Dia do Evangélico’ seria comemorado todo dia 31 de agosto. Porém, a emenda de Adilson da Levante quer fixar o feriado toda última segunda-feira do mesmo mês, transformando assim a data em um descanso prolongado, já que viria logo depois do fim de semana.
 
Outro que colocou uma emenda ao projeto foi o vereador Dilemário Alencar (Pros). Porém, a ideia do parlamentar é que o ‘Dia do Evangélico’ seja comemorado todo último domingo de agosto, o que, na prática, não faria grande diferença para o setor econômico da capital mato-grossense.
 
“O segmento dos evangélicos é o que mais cresce atualmente. Será que estes 32% não podem lutar por um direito que está na constituição. Todos feriados constituídos nesta casa, não sou contra. Se a lei dá o direito, qual o problema de pleitearmos em Cuiabá. Não pode olhar só por um lado. O pessoal do Uber, Táxi, restaurantes, vão estar arrecadando. Vários pastores, evangélicos, nos procuraram para que apresentássemos este projeto”, explicou Marcrean.
 
O diretor da Associação Comercial, Antônio Menegassi, afirmou que o setor não é contra o Dia do Evangélico. “Somos contrários a criação de mais um feriado. Não tem sentido, neste momento que o Brasil vive, colocar mais um. Tem alguns que já não se justificam. Feriados religiosos, acreditamos que deveriam ser comemorados aos domingos”.

​Nas galerias, evangélicos cantaram hinos de louvor e fizeram até um pequeno culto. Para rebater, os empresários entoaram o Hino Nacional e, no fim, sob aplausos gritaram “Brasil’, diversas vezes. Apesar das opiniões contrárias, não houve qualquer tipo de tensão.
 
Após o turbulento início da sessão, o vereador Marcrean pediu para que o projeto fosse retirado de pauta e foi atendido pela Mesa Diretora. Porém, o texto continua em tramitação e poderá ser apreciado no ano que vem.