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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Policiais buscam imagens em hotel onde suposta armação contra prefeito teria sido planejada

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Policiais buscam imagens em hotel onde suposta armação contra prefeito teria sido planejada
Policiais da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) estiveram nesta quarta-feira (08) no Hotel Delmond, em Cuiabá, para solicitar dados e filmagens do estabelecimento onde o vereador Abilio Junior (PSC) e a servidora da Saúde Municipal da Capital, Elizabete Maria de Almeida, teriam se reunido para, supostamente, tramar uma armação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que foi acusado de suborno para que parlamentares votassem a favor da cassação de Abílio.


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Os investigadores estiveram no hotel entre o fim da manhã e o início da tarde desta quarta-feira e oficiaram o pedido de registros dos hóspedes, filmagens das câmeras de segurança, entre outros. A intenção é refazer os passos dados pelo vereador e a servidora no local.
 
A servidora foi ouvida na terça-feira (7), na Deccor. Na ocasião, entregou vídeos à polícia, sendo um deles de um encontro entre ela e o vereador Abilio no Hotel Delmond, em 26 de novembro, na presença de quatro advogados. No dia seguinte ao encontro ela fez as acusações contra Emanuel na Comissão de Ética.
 
A princípio ela havia dito que esteve na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante), onde segundo a denunciante estavam sendo armadas ações contra o vereador Abílio Junior, que passa por um processo de cassação de mandato. No último depoimento, ela desmentiu esta versão e afirmou que o vereador Abilio seria um dos participantes da armação contra o prefeito.
 
Por meio de nota, o vereador Abilio Junior negou qualquer envolvimento na suposta armação. Ele afirmou que não conhecia a servidora até ela ser ouvida na Comissão de Ética e que teria sido ela quem o procurou pedindo ajuda, preocupada com a segurança dela e de sua família.
 
Afastada do serviço
 
Elizabete Maria de Almeida apresentou atestado médico alegando problemas psiquiátricos e ficará afastada do trabalho até o mês de janeiro.
 
A reportagem tentou falar com o advogado Emerson Marques, que defende Elizabete, e com o delegado responsável pelo caso. Os dois se recusaram a passar informações, alegando que o caso corre sob sigilo.
 
Denúncia
 
Elizabete, servidora do Hospital São Benedito, denunciou ter recebido ordens de uma superior para estar no condomínio do vereador Juca do Guaraná (Avante), onde segundo a denunciante estavam sendo armadas ações contra o vereador Abílio Junior, que passa por um processo de cassação de mandato na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Neste tal encontro teria ocorrido a suposta compra de votos’ para cassar o vereador Abílio Junior, por parte do prefeito.

Vereador se manifestou: 

Após o depoimento da servidora perante à Polícia Civil, o vereador Abílio se manifestou por meio de nota ao Olhar Direto. Veja a íntegra:

"1- a servidora citada na matéria foi arrolada como testemunha de acusação, durante a oitiva da Comissão de Ética da Câmara, que apurava o pedido de cassação contra o vereador Abilio;

2 - na ocasião, foi ela quem fez as denúncias sobre a articulação de compra e venda de votos entre prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e vereadores da base, para cassação do vereador Abilio. A movimentação, segundo a servidora, teria ocorrido na casa do vereador Juca do Guaraná;

3- as desculpas pedidas pelo vereador Abilio foram em relação à exposição da família do vereador Juca, ocasionada pela denúncia feita pela servidora;

4- o vereador Abilio não conhecia a servidora, até o momento do depoimento prestado na oitiva da Comissão de Ética;

5- o contato obtido entre o vereador Abilio e a servidora foi após o depoimento dado prestado na oitiva, em face do temor dela, por conta da gravidade da denúncia feita;

6- diante do fato, ela quem pediu ajuda ao vereador quanto a própria segurança e de sua família. Situação que o vereador Abilio solicitou apoio da Polícia Militar para acompanhamento da depoente até um hotel, quando foi, no dia seguinte, até a Delegacia Fazendária, registar o boletim de ocorrência sobre a denúncia narrada na oitiva;

7- que após um período de licença, a servidora muda o teor da denúncia, vai novamente à delegacia e narra outra versão do seu depoimento, assim como fez enquanto testemunha na oitiva da Comissão de Ética.

"Pra mim é uma surpresa. Numa semana ela diz que estão armando contra mim, que estão até distribuindo dinheiro na casa do Juca com o Prefeito para cassar meu mandato. Na outra semana ela diz que tem provas. Na outra semana diz que está mal de saúde. E agora diz que eu estou armando. Até onde eu saiba a investigação está sob sigilo, não fui notificado de nada, ela que procurou a polícia. Eu já me disponibilizei à polícia, o prefeito foi no presidente da Assembléia Legislativa, maior rolo com delegados, EU NÃO TENHO NADA A VER COM ISSO, E NEM SEI PORQUE ELA MUDOU DE OPINIÃO,  agora está com a polícia e com a mulher para provar tudo isso", diz Abilio".
 
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