Diante da possibilidade de ter o quórum comprometido em razão das eleições que serão realizadas este ano, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa já estuda alternativas para garantir o pleno funcionamento das atividades parlamentares, podendo inclusive concentrar  as sessões em datas estratégicas. Ainda não há definição de como isso deve ocorrer, mas segundo o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), a principal preocupação é com relação às eleições municipais, época em que os deputados de cidades do interior devem viajar para suas bases.

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"Atrapalha. Deve atrapalhar sim. A do Senado, talvez não, mas as municipais afastam muito os deputados que visitam mais o interior, tem essa cobrança para os deputados estarem nos comícios, nas reuniões. É cedo para falar, mas provavelmente vamos ter que remanejar as sessões", adiantou. 

Este ano Mato Grosso contará com dois pleitos: o primeiro previsto para ocorrer ainda neste primeiro semestre, quando a população deve ir às urnas escolher um novo senador, para a vaga da senadora cassada Selma Arruda (Pode); a segunda, em outubro, quando serão realizadas as eleições municipais para eleger prefeitos e vereadores em todo o Estado. 

No ano passado, a ausência dos deputados nas sessões motivou uma atitude drástica do presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM), que determinou o corte do salário e da verba indenizatória dos parlamentares faltosos. 

À época, o deputado Xuxu Dal'Molin (PSC) teve R$ 830 descontados de seu salário, dos cerca de R$ 25 mil que ganha por mês, e também sofreu cortes em sua verba indenizatória de R$ 65 mil.

Em entrevista à Rádio Centro América FM, esta semana, Botelho considerou que houve melhora na presença dos deputados em Plenário e disse não acreditar ser necessário adotar medidas semelhantes novamente. 

“De lá para cá melhorou muito. Temos quórum nas sessões, os deputados estão presentes. Eu acredito que não vamos mais ter esse tipo de problema esse ano.” pontuou o presidente..