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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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ALIVIADA

"Decisão sensata", diz mãe de Eliza Samúdio após desistência do Operário em contratar Bruno

Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo

Mãe de Eliza Samúdio, Sonia Moura.

Mãe de Eliza Samúdio, Sonia Moura.

A mãe de Eliza Samúdio, Sonia Moura, contou que se encontra "aliviada" com a desistência do Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense (CEOV) em contratar o goleiro Bruno Fernandes. O comunicado sobre a desistência das negociações foi emitido à imprensa no começo da tarde desta quarta-feira (22). O clube perdeu dois patrocinadores e cedeu à pressão da opinião pública. Bruno foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação do cadáver da modelo, em 2010. 


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"Foi uma decisão muito sensata. Ele tem que trabalhar? Tem, mas dentro de um campo de futebol. Ele não pode ser um ídolo do esporte, isso seria uma vergonha - tanto para os outros jogadores, para os torcedores, para os pais de família que respeitam as mulheres que têm dentro de casa", criticou a mãe da vítima de Bruno, em entrevista ao site Época.

Sonia, que cuida do filho de Eliza e Bruno, com nove anos, diz acompanhar as movimentações processuais do caso e as notícias sobre as possíveis contratações do goleiro. A aposentada conta ainda estar "indignada" com a concessão da progressão de pena ao regime semiaberto.

"As pessoas dizem que ele cumpriu a pena, mas se foi condenado a mais de 20 anos, por que ficou menos da metade disso? Ele tem direitos? Mas que direitos meu neto tem de crescer com a mãe? Ou que direitos eu tenho de ao menos conseguir enterrar o corpo da minha filha?", lamentou.

Ela considerou um ato de solidariedade o protesto realizado pelo Bloco das Mulheres, na terça-feira (21), no entorno do estádio Dito Souza, instalado no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, onde seria realizada uma partida de futebol do tricolor.

"Tem gente que defende, diz que ele errou e merece ser perdoado por isso. Mas erros têm conserto. O que ele fez foi cometer um crime cruel. Vê-lo jogando bola representa uma completa falta de justiça e a certeza de impunidade", atacou.

Diante da onda de manifestações contrárias, as empresas Pork Premium e Locar Gestão de Resíduos haviam desistido de patrocinar o time, para não terem a imagem associada à do atleta condenado pela Justiça.

Anteriormente, a Martinello e a cooperativa Sicredi, que patrocinam o Campeonato Mato-grossense, desautorizaram o uso das respectivas marcas nos uniformes do time e em painéis utilizados em entrevistas. 

“A gente vai dar todo respaldo jurídico para finalizar esse processo, porque agora tem a volta de domicilio, já existia um trâmite na Justiça, a gente vai continuar com isso até finalizar", afirmou André Xéla, supervisor de futebol do Operário.
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