“A gente se sente impotente”, relata Geysa Matos Aguiar de Jesus. Ela foi feita refém com seu filho de 9 anos no bairro Santa Amália, em Cuiabá, no início de janeiro deste ano. Os criminosos levaram um Onix, quatro celulares, dois televisores, caixa de som e jóias. Segundo dados da Polícia Judiciária Civil (PJC), em 2019 foram registrados 4.315 roubos e cinco roubos seguidos de morte em Cuiabá.

Leia mais:
Jovem de 22 anos é executado após chegar em casa no interior de Mato Grosso

“É uma sensação inexplicável. Eu com meu filho de 9 anos junto, também desesperado. Fizeram um limpa. Pegaram tudo. Trancaram a gente dentro de um quarto, de um cômodo da casa de minha mãe e foram embora. É desesperador. A gente se sente impotente vendo as coisas indo embora, sem poder fazer nada. É horrível, gosto nem de lembrar”, conta ao Olhar Direto.

Geysa Matos relata que havia passado na casa dos pais após buscar seu filho escola. Ela, filho, seu pai, mãe e duas vizinhas estavam em frente da casa tomando tereré quando três criminosos em um Etios branco chegaram por volta das 20h15. O motorista ficou esperando e dois deles desceram armados ordenando para que entrassem na casa. O roubo aconteceu no dia 9 de janeiro.

Toda a ação durou cerca de 15 minutos, “contatos a partir do momento em que viraram na rua”, explica. Ela e os demais foram trancados dentro de um quarto enquanto os criminosos subtraíram os objetos de valor, que foram colocados dentro de um Onix prata, de placa QBE-0612, que estava dentro da garagem. O veículo era de seu pai, não possui seguro e até o momento não foi localizado.

O trio ainda não foi localizado. Inclusive, nesta segunda-feira (27) ela foi fazer o reconhecimento de possíveis suspeitos, mas os mesmos não se tratavam dos mesmos que fizeram sua família de refém. 

4,3 mil roubos em 2019

Dados da PJC revelam que em 2019 foram registrado 4.315 roubos e cinco roubos seguidos de morte em Cuiabá. Os números apontam uma queda se comparado a 2018, quando foram 5.167 roubos e 10 roubos seguidos de morte, o dobro do número registrado no ano passado.

O mês de 2019 com o maior número de roubos foi janeiro, com 458. Em 2018, janeiro também foi o mês com maior alta, com 501 roubos. Em 2019, fecham o pódio abril (413) e setembro (399). O mês com o menor número registrado foi agosto, com 288. Também foi em agosto que 2018 teve o menor número registrado, com 387 casos.

Já quanto aos registros de furtos na capital mato-grossense foram 12.925 casos registrados, enquanto em 2018 foram 14.325. 

Em Várzea Grande, o número de roubos se manteve estável entre 2018 e 2019. No ano passado, foram 2315 caso, enquanto em 2018 foram 2460. O mesmo segue para o número de furtos: 3796 em 2019 e 3837 em 2018.