Em reunião nesta quarta-feira (12), a Mesa Diretora do Senado definiu o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do Governo no Congresso, como relator do processo de cassação da senadora Juíza Selma (PODE). 

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A escolha de Gomes foi feita pelo presidente da casa de leis Davi Alcolumbre, sem sorteio. A partir de agora, Selma terá dez dias úteis para apresentar sua defesa e o parecer do relator será apresentado na próxima reunião da Mesa Diretora, que está agendada para o dia 3 de março.

Único aliado de Selma na Mesa Diretora, o senador Laiser Martins (PODE-RS) defendeu que os senadores aguardem um recurso que deve ser ajuizado no Supremo Tribunal Federal (STF), antes de decidirem sobre o caso da senadora cassada.

A decisão do Tribunal Supeiror Eleitoral (TSE) em cassar o diploma de Selma Arruda foi proferida no dia 10 de dezembro de 2019. Desde então, o Senado, que passou por recesso, não definiu se ela será expulsa ou permanecerá em seu mandato.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou que o terceiro colocado na eleição de 2018, Carlos Favaro (PSD), assuma imediatamente a vaga da senadora, até que um novo candidato seja eleito, na eleição suplementar agendada para o dia 26 de abril.

Eleito pelo Solidariedade em 2018, Gomes que foi escolhido pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o cargo de líder do Governo no Congresso, deixou o seu partido antes mesmo de tomar posse e migrou para o MDB, após se aproximar do ex-presidente da casa, Renan Calheiros (MDB-AL), que é adversário político de Selma.