A relação entre secretários de Estado dentro do Palácio Paiaguás anda meio estremecida. Pelo menos no núcleo principal da gestão Mauro Mendes (DEM) a "lua de mel" já se encerrou e o próprio governador teve de entrar em campo para contornar a situação e avitar baixas.

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Tudo começou, segundo informações levantadas por fontes do Palácio Paiaguás, quando secretários mais próximos ao governador Mauro Mendes reclamaram ao chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, de que não estavam tendo recursos liberados pela Secretaria de Fazenda e isso estava dificultando o andamento dos trabalhos.

De imediato, Carvalho, que além de ser secretário é conselheiro e compadre de Mauro Mendes, foi até a sala do governador cobrar explicações sobre a possível “trava” causada por Gallo aos secretários.

A fonte pediu que não fossem divulgadas quais secretarias estariam sofrendo a negativa e estavam com dificuldade de caminhar e atender pedidos da Assembleia Legislativos e prefeitos. Porém, confidenciou que após conversas com o governador, Carvalho foi até à Sefaz cobrar pessoalmente do chefe da Pasta, Rogério Gallo, sobre a motivação do fechamento do cofre. E Gallo não gostou.

O secretário de fazenda teria levado o caso ao governador e chegou a colocar o cargo à disposição. “Meu cargo está em suas mãos”. Essa frase teria abalado o governador, que teve que colocar panos quentes. Porém, antes disso, o chefe de gabinete de Mendes, Beto Dois a Um, também falou com o governador e foi solidário ao secretário de Fazenda: “Se o Gallo sair, eu também saio”, teria reiterado.

Os pedidos caíram como uma bomba no colo do governador, que teve de agir com habilidade para colocar cada um dos envolvidos em seu canto. Segundo determinação, Gallo só estaria atuando a pedido do governador, que está agindo com mãos de ferro para manter o caixa do estado em condições de funcionamento.

Ainda segundo fontes, Gallo e Carvalho estariam falando apenas o necessário. O chefe da Casa Civil também  estaria falando apenas com o governador e reduzido os diálogos com Beto Dois.

Por fim, após todo esse processo conturbado, a situação está resolvida. Mauro Carvalho continua atuando na Casa Civil, Gallo na Sefaz e Beto no gabinete.

A ordem final e resolução de problemas passará novamente pelas mãos do governador, que ainda determinou que o assunto não saísse do Paiaguás, mas alguns telefones já tocaram para uns e outros relatarem o caso, concluiu a fonte não identificada.

Ainda tiveram outros bate-bocas, porém isso não teria acontecido no Paiaguás e devem ser mantidos em off. Por ora, a crise palaciana estaria resolvida. 

O ex-secretário adjunto de Comunicação, Mauro Camargo, foi a primeira baixa do governo Mauro Mendes. Ele também teria entrado em atrito com o chefe da Casa Civil por conta de pagamentos à imprensa e isso teria culminado em sua saída. O fator não foi confirmado, mas dentro da Secom, todos sabem que Camargo seguia o comando de Carvalho.