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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Delegada compara policial penal a serial killer e questiona motivo de servidor não ter sido exonerado

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Delegada compara policial penal a serial killer e questiona motivo de servidor não ter sido exonerado
A delegada Jozirlethe Magalhães Criveletto, titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Cuiabá, comparou o policial penal Edson Batista Alves a um serial killer, em decorrência do comportamento descrito pelas duas últimas vítimas dele, que relataram que até agora o suspeito já agrediu nove mulheres.

 
As vítimas compareceram à sessão da Câmara Setorial Temática da Mulher da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), da qual a delegada é integrante, para manifestar o medo que sentem, já que Edson continua solto. A Câmara aceitou a sugestão da delegada e irá oficiar a Unidade de Correição do Sistema Penitenciário para saber o motivo de Edson não ter sido exonerado.
 
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As duas vítimas mais recentes de Edson, que receberam o botão do pânico após a soltura dele, estiveram presentes na sessão da Câmara nesta segunda-feira (17), juntamente com a Associação de Mulheres de Mato Grosso, para contar que têm vivido em pânico após a soltura do agressor. Elas relataram que Edson já agrediu nove mulheres e reclamaram que apesar disso ele continua solto.
 
As duas já afirmaram que têm medo de se tornar estatística de feminicídio, já que Edson já as ameaçou de morte. Edson está solto, mediante uso de tornozeleira eletrônica, desde o último dia 10. Após a fala das vítimas, a delegada Jozirlethe Criveletto sugeriu que a Câmara Temática envie ofício à Unidade de Correição do Sistema Penitenciário (Uniscor) para saber o motivo de Edson ainda não ter sido exonerado.
 
“Eu gostaria de colocar para a Câmara Temática a sugestão de nós encaminharmos a situação destas nove vítimas para a Unidade de Correição, porque eu não sei o que a Unidade de Correição do sistema prisional está fazendo com este, desculpa o termo, elemento, porque nós que assistimos ele, é como se fosse um verdadeiro serial killer de quem nós estamos falando aqui, fazendo vítimas e vítimas e ainda está como servidor do sistema prisional, recebendo e, como disseram as vítimas, passeando no shopping, então nós da Câmara Temática teríamos que questionar o que tem sido feito em relação a todos estes casos”.
 
A delegada ainda enfatizou que Edson é perigoso, pois já fez muitas vítimas, e é necessário que algo seja feito sobre o caso. Ela ainda disse que, como delegada, só pode atuar até certo ponto, sendo importante a atuação em conjunto da rede de proteção à mulher.
 
“O que está acontecendo hoje é, por exemplo, ele comete um crime, vai para a audiência de custódia, se não sai na audiência de custódia ele sai logo por conta dos prazos processuais, então quantas vítimas ele vai ainda fazer para que a Corregedoria tome alguma providência”.

Ao Olhar Direto a assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) disse que Edson responde a um processo administrativo disciplinar (PAD), que está em fase de diligência. A Sesp também afirmou que todo servidor que responde a um PAD tem direito à ampla defesa. Além disso, garantiu que, no âmbito civel e criminal, não há sentença judicial determinando a perda do cargo público de Edson.
 
O caso
 
A mãe do menino relatou no boletim de ocorrências que há pouco tempo tinha vindo de Rondonópolis para Cuiabá a pedido do policial penal. Na semana em que estiveram juntos ele a impediu de ir embora e teria a agredido física e verbalmente, aterrorizando sua vida com diversas ameaças, inclusive de que mataria ela e seu filho.
 
O homem também teve o garoto como alvo, dizendo que ele era criado pela avó e que ele seria homossexual e uma pessoa imprestável. O menino acabou ferido pelo suspeito no olho direito e teve seu braço quebrado.
 
O agente penitenciário, ao ver o que teria feito, tentou limpar o olho do menino com água quente, sendo que ela respingou na barriga da criança, que teve pequena queimadura na região do abdômen. A mãe da criança, bem como outras oito mulheres, também foi agredida e torturada por Edson.
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