Na presença das principais lideranças do PSDB em Mato Grosso, Nilson Leitão foi oficializado na manhã desta quinta-feira (27) candidato a senador pelo partido na eleição suplementar marcada para abril. A pré-candidatura de Pedro Taques, que supostamente também pleiteava a vaga, foi descartada após sondagens internas que revelaram alto índice de rejeição do ex-governador.

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“Isso [a pesquisa] foi feito pelo partido, eu não participei. Só me perguntaram se podia incluir o nome dele, eu autorizei na hora porque não tinha problema nenhum. Mas o fato é que minha colocação acaba sendo um pouco mais confortável para esta eleição”, esclareceu Nilson Leitão, durante coletiva de imprensa.

As pesquisas realizadas até o momento são para consumo interno e, portanto, não devem ser disponibilizadas na integra em razão de não terem sido registradas na Justiça Eleitoral. Mas, conforme apurou a reportagem, o resultado de avaliações qualitativas encomendadas pelo PSDB teriam revelado uma rejeição de Taques acima de 50%.

Fontes ligadas ao tucanato relatam, ainda, que na modalidade espontânea de intenção de voto o ex-governador apresentou pontuação similar a de Nilson Leitão, no entanto, o fator rejeição – que do ex-deputado estaria bem abaixo – teria sido decisivo.

Na noite da última quarta-feira (26), conforme divulgado pelo Olhar Direto, o presidente do PSDB no Estado, Carlos Avalone, iria se reunir com Taques para decidir o futuro do ex-governador na sigla. Na coletiva desta quinta-feira, Avalone iniciou sua fala esclarecendo o imbróglio.

“Eu vou fazer um histórico aqui de tudo que aconteceu nesse fato. No final de novembro nós fizemos uma reunião para discutir a sucessão do diretório estadual do PSDB, como a cassação da Selma já estava confirmada, o Nilson colocou seu nome à disposição e pediu a autorização para trabalhar sua candidatura. Naquele momento tínhamos um vereador de Rondonópolis e o Francis Maris que também tinham se colocado pré-candidatos. Nós entramos em contato com os dois, o Nilson falou com os dois, os dois retiraram suas candidaturas. O Pedro Taques tinha dito a mim e ao Nilson, pessoalmente, que não tinha interesse em participar dessa eleição ao Senado. Então, nós autorizamos o Nilson a construir sua pré-candidatura”, afirmou.

“Não existiu nenhum momento em que o Pedro Taques não tenha sido ouvido. Objetivamente, hoje pela manhã ele me ligou e falou que não quer atrapalhar nem o PSDB e nem o Nilson. Ele disse que está avaliando e que no momento que chegar a uma decisão ele irá nos comunicar. É isso que existe em relação ao Pedro Taques”, acrescentou.

Nos bastidores, Pedro Taques teria sido convidado pelos partidos Cidadania e Solidariedade para compor suas fileiras. Ele estaria aguardando uma consulta ao Tribunal Eleitoral sobre prazo de filiação para quem deseja disputar a suplementar de abril. Procurado pela reportagem, o ex-governador disse que por hora não irá comentar o assunto.

“Eu soube disso pela imprensa, mas oficialmente o Taques não nos fez nenhum comunicado quanto a isso. Ele me disse que está avaliando e eu estou trabalhando para que ele fique. Se ele realmente estiver pensando em sair, eu espero que ele não saia, espero que ele esteja com a gente nessa batalha, nessa guerra. Nós precisamos de todos os soldados e também dos generais. Ele é um desses generais e gostaríamos que ele estivesse ao nosso lado nesse momento, até porque sempre estivemos ao lado dele”, pontuou Avalone.