Bolsonaro, Lula, Rodrigo Maia, Ciro Gomes, Dória, estes são alguns dos nomes de figurões políticos do Brasil que podem desembarcar em Mato Grosso e fazer parte de palanques dos candidatos ao Senado, na vaga suplementar que será disputada em abril.

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Para concorrer à vaga da cassada ex-juíza Selma Arruda (Podemos), condenada por crimes eleitorais, já existem aproximadamente 10 pré-candidatos. A expectativa é que representantes de segmentos decisivos, como é o caso do Agro, ganhem espaço tanto no espaço político quanto nas caminhadas pelo Estado em busca do voto.

Observando o momento político e debates acirrados na internet com temas de grande relevância, os candidatos apostam em uma mãozinha de pessoas que já possuem destaque a nível nacional.

Quem parece estar em uma busca frenética de apoio é pré-candidato José Medeiros. Atualmente no cargo de deputado federal, o político faz parte hoje do mesmo partido da ex-juíza Selma e diariamente cava um espaço na agenda do presidente da República Jair Bolsonaro.

Medeiros faz vídeos, viaja e almoça com o presidente. Mesmo em período de atestado médico, por ter passado por uma cirurgia de descolamento de retina, ele estava em Brasília gravando com o presidente. Aos corredores, Medeiros garante que Bolsonaro o apoia. A resposta verdadeira, veremos apenas durante o pleito.

Na oposição de Bolsonaro e dos bolsonaristas aparece o candidato do PT. Aliás, ainda está em disputa interna para saber se o candidato será Valdir Barranco, deputado estadual, ou a ex-vereadora Enelinda Scala.

Mas, independentemente de quem disputar, o diretório regional já confirmou que Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, estará em Mato Grosso levantando a bandeira do PT e pedindo voto para que a sigla tenha mais um representante no congresso.

Júlio Campos, candidato do Democratas, além de ter o irmão senador Jayme como principal aliado, também conta com os correligionários governador Mauro Mendes e o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho na caminhada.

Mas, pelos bastidores o DEM busca a vinda a Cuiabá do presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia e do presidente nacional do partido, ACM Neto, atual prefeito de Salvador. ACM já sinalizou que para campanha suplementar, no que o DEM de Mato Grosso precisar, ele estará à disposição para ajudar.

Pelo PDT, Otaviano Pivetta, vice-governador de Mato Grosso, busca o apoio e a parceria de Ciro Gomes. Otaviano foi o primeiro a confirmar sua pré-candidatura para a eleição de abril. Publicamente, na campanha de 2018, Ciro já chamou Otaviano de “grande amigo” e não deve medir esforços para compor o grupo de apoio no estado.

No PSDB, Nilson Leitão, recém-confirmado pré-candidato tucano, espera a presença de João Dória para a campanha. Leitão, que é de dentro da casa do governador de São Paulo, já falou que espera uma campanha com amigos, inclusive com outros apoios de renome nacional.

Carlos Fávaro, autor do processo que cassou Selma Arruda do cargo, deve contar com apoio maciço de amigos do agro. O terceiro colocado em 2018 se enche de esperança com a influência dos primos Eraí e Blairo Maggi. Ainda assim, o ex-ministro e líder partidário, Gilberto Kassab (PSD), também estará à disposição. Fávaro ainda tem construído, por meio da própria família Maggi, uma proximidade com o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes. De perfil técnico, todavia, este não deve se aventurar na cena eleitoral.

O cenário da eleição suplementar ainda deve ter outros autores, como Pedro Taques, que atualmente está no PSDB, mas recebeu convite para compor fileiras de outros partidos e ainda se candidatar, Nelson Barbudo, Gisela Simona, Max Russi e Neurilan Fraga. Os partidos têm até o dia 12 de março para confirmar quem serão seus candidatos com chapas para senador, 1º e 2º suplentes.