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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Não parou de trabalhar

Servidora que venceu câncer agressivo dá exemplo de superação após sentir “o mundo desmoronar”

Foto: Davi Valle

Servidora que venceu câncer agressivo dá exemplo de superação após sentir “o mundo desmoronar”
A servidora pública Ivana Cândida Varanda, de 57 anos, é uma das homenageadas pela Prefeitura de Cuiabá no Dia Internacional da Mulher. Ela fez tratamento contra o câncer e escolheu seguir trabalhando em um exemplo de força de vontade e abnegação. Depois de oito meses, recebeu a notícia de que não possuía mais nenhuma célula cancerígena no corpo. Mesmo durante a quimioterapia ela não parou de trabalhar: “era uma forma de ocupar a cabeça”.


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Ao descobrir a doença ela relata “que foi como se retirassem o chão dos meus pés”. O ano foi 2019, depois de ser diagnosticada com fibromialgia, ela começou a realizar exames periodicamente devido às fortes dores que sentia no corpo e sempre percebia que os resultados dos leucócitos apareciam em número muito elevado.
 
Ela relembra que perguntava para o médico a respeito destas alterações e a resposta era sempre a mesma: o valor, possivelmente, devia-se a um possível resfriado. Insatisfeita, conta que indagou ao médico dizendo que não estava gripada e queria saber mais detalhes. Dessa vez,  foi orientada a procurar o especialista no caso.
 
De acordo com a servidora, assim que o médico hematologista analisou os resultados de exames, percebeu que algo não estava bem. Na sequência, - de imediato - requesitou que ela realizasse uma biopsia da medula e o resultado foi devastador. "Quando ele me disse que eu estava com Linfoma não Hodgkin, que é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada, eu senti que o mundo desmoronava na minha cabeça e pensei que fosse morrer", relembra.
 
O médico pediu para que ela começasse a quimioterapia,  mas o que Ivana não esperava é que em meio a microcirurgia para o implante de um cateter (Port-a-cath) ela sofresse uma complicação que resultasse  em um derrame pleural (caracterizado pelo acúmulo excessivo de líquido no pulmão). Por esse problema, ela teve de permanecer internada por 30 dias na UTI. Ela relembra que já estava debilitada e depois deste ocorrido, piorou. "Eu descobri o câncer em fevereiro e comecei a fazer a quimioterapia em junho, por causa desta intercorrência. Ela relata que chegou a se afastar de todo mundo, não atendia telefone, não abria a porta, só queria ficar sozinha. Pensei já que eu vou morrer prefiro me afastar de todos", desabafa.
 
Depois do susto e da insistência dos familiares, ela decidiu procurar ajuda de uma psicóloga e começou a enfrentar e aceitar a doença. Ela pontua que a psicóloga com quem ela tratou também tinha passado por um câncer agressivo, com apenas 13% de chance de sobrevivência. A experiência da profissional e o apoio familiar e de seus colegas do trabalho, foram fundamentais no tratamento.
 
Em relação ao trabalho, Ivana que é gerente da central de serviços funerários da capital, explica que só tem a agradecer todo o apoio que recebeu. Ela frisa que tanto o secretário de Serviços Urbanos, José Roberto Stopa e o prefeito Emanuel Pinheiro, sempre se colocaram à disposição caso precisasse de alguma coisa e sempre queriam saber notícias a respeito do estado de saúde.
 
Para ela, que não se afastou do serviço durante o período de quimioterapia, o trabalho era uma forma de ocupar a cabeça e não ficar pensando na doença 24 horas por dia.
 
Depois de fazer 8 sessões de quimioterapia, a servidora passou novamente por uma bateria de exames e teve a notícia que não possuía mais células cancerígenas, porém a cada 2 meses ela deve refazer os exames para controle.
 
Segundo o prefeito Emanuel Pinheiro, o testemunho da servidora evidencia a força e a capacidade de mitigação do sofrimento pelas mulheres. "Não é possível, que em um único dia, um único mês, sejam homenageadas como devem. Elas são essenciais a todos os segmentos da sociedade. Mulheres que são guerreiras, possuem testemunhos de vida que comprovam a força da mulher brasileira".
 
Atualmente, as mulheres ocupam posições importantes nas secretarias e gerências do Poder Executivo Municipal sendo, reconhecidas pelos serviços prestados à administração pública e sociedade cuiabana. Para a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, a gestão municipal, diariamente atua no fortalecimento de uma rede feminina que seja capaz de se traduzir em mudanças na vida de mulheres. Nos próximos dias, a Capital terá uma Secretaria Municipal de Mulheres e a iniciativa somará esforços para garantir qualificação profissional e irá fortalecer ações destinadas ao público feminino.
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