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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Sobre Janot

“Não teve coragem de matar Gilmar Mendes, mas teve de acabar com minha reputação”, diz conselheiro sobre Janot

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

“Não teve coragem de matar Gilmar Mendes, mas teve de acabar com minha reputação”, diz conselheiro sobre Janot
O conselheiro afastado Antônio Joaquim deu fortes declarações contra o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor dos dois pedidos de afastamento dele. Ele pontuou que o ex-chefe do Ministério Público Federal (MPF) teve instinto assassino com ele. “Não teve a coragem de puxar o gatilho para matar o ministro Gilmar Mendes, mas teve de acabar cruelmente com minha reputação”.


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A afirmação do conselheiro afastado foi feita durante entrevista à Rádio Capital, nesta terça-feira (10). “O Janot, no seu instinto assassino, que não teve a coragem de puxar o gatilho para matar o ministro Gilmar Mendes, mas teve de acabar cruelmente com minha reputação, pediu minha aposentadoria duas vezes. Já viu quando você pisa no inseto, ele morre, mas você continua? Foi o que ele fez com o meu segundo pedido de afastamento”.
 
Em entrevista coletiva, na segunda-feira (09), Antônio Joaquim também atacou Pedro Taques e Janot, dizendo que atuaram juntos para ‘assassinarem sua reputação’ para que ele não entrasse na disputa pelo Governo em 2018.
 
“Reafirmo agora que os senhores Janot e Taques, assassino da minha reputação, operaram em conchavo, em conluio, para me impedir de ser candidato a governador, armando nessa monstruosa farse que se estende até hoje”, disse.
 
Antônio Joaquim, assim como os conselheiros Valter Albano, José Carlos Novelli, Waldir Júlio Teis e Sérgio Ricardo de Almeida foram afastados após denúncia do Ministério Público Federal (MPF) ser atendida pelo ministro do STF Luis Fux.
 
A denúncia apontava que os conselheiros exigiram propina de R$ 53 milhões do ex-governador Silval Barbosa para não prejudicarem o andamento das obras da Copa do Mundo em Mato Grosso.
 
O gabinete dos conselheiros no TCE chegou a ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na operação Malebolge.

O caso

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse, no ano passado, em entrevista a diversos veículos de comunicação, que chegou a ir armado com um revólver ao Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar.

Os dois protagonizaram um longo embate enquanto Janot ocupou o cargo, entre 2013 e 2017, com trocas constantes de críticas públicas. O ex-PGR disse ter, porém, chegado a um limite em 2017 quando o ministro envolveu sua filha em uma das pendengas.

O episódio é narrado por Janot no livro que lança esta semana, Nada Menos que Tudo, porém sem citar o nome de Gilmar Mendes. O ex-PGR, entretanto, resolveu agora revelar a quem se referia.

“Num dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha”, escreve Janot no livro.

Segundo o ex-PGR, ao encontrar o ministro sozinho na antessala do plenário do Supremo, antes de uma das sessões, chegou a sacar uma pistola, mas não puxou o gatilho somente porque “a mão invisível do bom senso tocou no meu ombro e disse: não”.

O episódio ocorreu em 2017, depois de Janot ter pedido ao Supremo que considerasse Mendes suspeito para julgar um habeas corpus de Eike Batista. O argumento era que a esposa do ministro, Guiomar Mendes, trabalhava em um escritório de advocacia que prestava serviços ao empresário.
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