Por 17 votos sim, duas abstenções e cinco ausências, a Proposta de Emenda à Constituição do Estado (PEC) para antecipar a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, para dar a oportunidade à deputada estadual Janaina Riva (MDB) participar do pleito, foi aprovada em primeira votação na sessão matutina desta quarta-feira (11).

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A PEC, apelidada por Botelho de “PEC Janaina”, altera a Constituição do Estado para permitir que as eleições sejam antecipadas e garantam a participação da emedebista, tanto na votação como em uma eventual composição de chapa. A parlamentar está gestante e se o rito acompanhar o calendário original, ela estará ausente devido a licença maternidade.

O próximo passo antes da segunda votação, será a apresentação de uma emenda definindo a data da eleição. O projeto, já era para ter sido votada, mas ao entrar em pauta o deputado Ulysses Moraes (PSL) acabou pedindo vistas e sendo taxado como machista, por Janaina, que disse que o Ulyses  teve oportunidade de se manifestar sobre o assunto e aguardou 10 sessões para atrasar a votação.

Porém, inclusive, Ulysses foi um dos deputados que se absteve na votação. Acompanhado do deputado Faissal Calil, ambos foram criticados pelos colegas por conta do posicionamento contrário à aprovação da PEC.

O presidente Eduardo Botelho foi questionado se colocaria seu nome à reeleição na Mesa Diretora, o deputado disse que não iniciou as tratativas sobre o assunto. “A única discussão é o pedido da deputada Janaina Riva – tramitação do PEC – que possibilita a Mesa Diretora antecipar a eleição. Não aceito discutir a eleição da Mesa antes de abril”, destacou.

Já Janaina confirmou ao Olhar Direto que nessa campanha ela está lutando para ser a ordenadora de despesas da Assembléia, ou seja, a 1ª Secretaria da AL. A parlamentar adiantou que na Casa existem três grupos disputando a Mesa Diretora, destes, ela têm 10 deputados que apóiam seu projeto de ser secretária.

Janaina sabe que ainda sofrerá para tentar convencer o atual primeiro secretário Max Russi (PSB) a deixar o cargo e passar a ser vice-presidente. Mas, Max se mostra irredutível e quer lutar pela permanência. Por conta disso, ela chegou a cogitar a briga pela cadeira principal da Mesa, mas sabe que Botelho é praticamente unanimidade entre os pares.

“Eu conversei com o Botelho, para mim era melhor ser presidente do que cuidar das finanças, porque é um papel de representatividade, a interlocução é mais política. Mas hoje eu vejo o Botelho quase sendo uma unanimidade lá dentro e ele construiu isso. Mesmo eu sendo contra conhecido”, disse a deputada.