A empresária Margareth Buzetti (PP), que pleiteava candidatura própria ao Senado, assumiu a primeira suplência da chapa de Carlos Fávaro (PSD) após ação do governador Mauro Mendes (DEM) e do ex-ministro Blairo Maggi (PP). A informação é do deputado federal Neri Geller, que também buscava candidatura própria pelo Progressistas. O objetivo do grupo era garantir mais um espaço no Congresso, ao invés de apenas remanejar um parlamentar.
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“Talvez eu tivesse as condições de disputar esse projeto neste momento, mas além de toda a questão partidária, eu tive o bom senso de ouvir pessoas como o Blairo e o próprio governador Mauro Mendes e saber que neste momento para Mato Grosso seria importante a gente ter mais um parlamentar, e não remanejar um parlamentar”, declarou Neri, durante seu discurso na convenção que oficializou a presença de Margareth na chapa de Fávaro.
Oficialmente, Mendes não está participando do pleito. O governador avalia se permanecerá neutro ou se irá hipotecar apoio a algum dos três candidatos ao Senado que fazem parte de seu grupo. Além de Fávaro, aguardam a decisão do democrata o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) e Júlio Campos (DEM).
O governador, porém, interferiu no pleito ao pedir na Justiça que Carlos Fávaro fosse empossado interinamente na vaga que será deixada pela senadora cassada Selma Arruda (PODE). Além disso, ele solicitou que a eleição fosse adiada para outubro.
As duas ações causaram desconforto em sua base e alguns interlocutores chegaram a sugerir que o chefe do Executivo estivesse tentando favorecer o social democrata. Mendes nega e justifica que os pedidos têm como objetivo garantir a presença de três representantes do Estado no Senado e, com relação ao adiamento, a medida seria uma prevenção em razão do fato da pandemia de coronavírus no país.