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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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MOMENTO DE CONSCIENTIZAÇÃO

Consultor de logística, Pagot teme que egoísmo gere desabastecimento durante pandemia

Foto: Reprodução

Consultor de logística, Pagot teme que egoísmo gere desabastecimento durante pandemia
Com o aumento no número de casos oficiais do novo coronavírus confirmados pelo Ministério da Saúde e diante do crescimento dos casos suspeitos, é aconselhável que a população tenha maior consciência quanto ao cumprimento das recomendações feitas pelos governos estaduais e pela pasta da Saúde.


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Ao orientar que todos fiquem em casa, evitem aglomeração e eventos com mais de 50 pessoas, os governantes também pedem que a população evite se amontoar em filas de supermercados. E que se for preciso ir até um estabelecimento comercial, que seja para comprar o necessário.

O consultor na área de portos, navegações, logísticas e integração de modais, Luiz Antônio Pagot, em entrevista ao Olhar Direto, disse que por enquanto não há desabastecimento no Brasil, porém é necessário que a consciência humana seja colocada na frente de qualquer desespero, quando cada um for fazer sua compra.

“O abastecimento está normal. Mas se não houver essa consciência por parte da população, entramos em estado de alerta em breve. Tem que se evitar o egoísmo. Pois o egoísmo gera desabastecimento”, disse Pagot, que já foi superintendente do Dnit e também secretário de Estado no governo Blairo Maggi.

Pagot, que atualmente presta consultoria para diversas empresas do Brasil no ramo de logística e áreas de navegação, disse que os portos estão em constante trabalho e não há expectativa momentânea para que isso pare.

Porém, nos supermercados, é possível ver que as pessoas estão estocando álcool gel e outros produtos. Conforme recomendação do Ministério da Saúde, não é apenas o álcool que faz a prevenção ao coronavírus, mas sim higiene com água e sabão.

Por telefone, direto de Brasília, o consultor lembrou que as empresas precisam ter coerência quanto aos cuidados básicos com a mão de obra. “O trabalhador de frigorífico, silos de esmagamento de soja, portos e aeroportos, precisam estar protegidos. É necessário ter essa coerência nas medidas de proteção dos trabalhadores, porque a empresa não funciona sem o trabalhador braçal”.

Pagot também lembrou que além do Ministério da Saúde, os Ministérios da Agricultura e Economia também são essenciais para o andamento da nação. “O agro pode segurar a economia local, mas o Ministério da Economia precisa também estar alinhado com o Ministério da Saúde. O campo produz a comida e commodoties. Isso deixa o Mato Grosso tranquilo por hora, nesse período de quarentena, mas a economia é a prioridade no Brasil, junto com a Saúde e o agro”.

Contaminações em Brasília

Atualmente de quarentena, o ex-secretário de estado tem mais de 60 anos e é pré-diabético. No grupo de risco, ele disse que prefere ficar em casa e atender os clientes via internet ou telefone. Mas tem um caso que o assusta, sendo morador de Brasília.

“Em novembro, dezembro, muitos que residem em Brasília saem para a revoada. Eles vão viajar e conhecer outros países e no início do ano voltaram para cá. Ou seja, alguns casos estão confirmados de Covid-19, mas existem muitos mais infectados, pois os moradores estiveram nos países afetados com o corona vírus e o alarde do vírus no Brasil faz nesse momento que os hospitais fiquem lotados”, disse Pagot.

Segundo o ex-diretor do Dnit, os hospitais e institutos não possuem testes suficientes para todos que suspeitam do caso de coronavírus. Nas ruas de Brasília, o movimento caiu em torno de 80%.

“Esta tudo parado. Ônibus vazios, metrôs e shoppings vazios, aeroporto com pouco movimento e isso tudo deixa Brasília praticamente parada. A maioria dos infectados estiveram em outro país e os funcionários públicos, que também aproveitam a revoada, chegaram infectado. Existe o pânico, porque você não sabe se você vai encontrar com alguém infectado na rua. Por enquanto aqui está desse jeito. Não sabemos até quando vamos ficar assim, por isso eu ressalto que a nossa consciência precisa obedecer o que se pede, que é ficar em casa e higienizar as mãos”, concluiu.
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