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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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DURANTE QUARENTENA

Agressor e vítima confinados: queda na violência doméstica não significa que agressões pararam

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Agressor e vítima confinados: queda na violência doméstica não significa que agressões pararam
A Secretária de Estado de Segurança Pública destacou que as razões para a redução do índice de violência contra a mulher não significam que os casos não estejam acontecendo, e sim que não estão sendo notificados por conta do isolamento social. Durante a quarentena, a vítima fica isolada junto ao seu agressor, sendo inibida de realizar denúncias.


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Pesquisa realizada pelo Observatório da Violência, observando o período de 10 a 24 de março de 2019 e comparando com o período atual, os casos registrados de violência contra a mulher caíram 35% no estado de Mato Grosso. Os dados levam em conta a comparação deste ano (1.402 casos) com o mesmo período do ano passado (2.170).

Nestes números, levantados pela Superintendência do Observatório de Violência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), estão incluídas as 23 principais naturezas criminais praticadas contra mulheres, como ameaça, homicídio doloso e assédio sexual, por exemplo.

Outro fator importante é o impacto econômico da pandemia de covid-19, que pode dificultar com que mulheres deixem seus parceiros violentos, além de aumentar os riscos de exploração sexual de crianças, adolescentes e adultas.

Segundo a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, a saturação do sistema de saúde e o fechamento das escolas fazem com que as tarefas relacionadas a cuidado recaiam principalmente sobre as mulheres, que, em geral, precisam se responsabilizar pelo cuidado de parentes doentes, idosos e crianças.

Frente a esse cenário, a recomendação da SESP é de que as denúncias de violência contra a mulher continuem sendo realizadas através do disque denúncia e outros canais de atendimento, que têm o seu funcionamento mantido mesmo durante o período de isolamento, assim como a parte operacional, incluindo a Patrulha Maria da Penha.

Em casos de violência contra a mulher, ligue 180 e denuncie.
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