Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Política MT

Exonerado nesta terça

Ex-presidente do Indea confirma desentendimento com secretário e nega que pediu para sair

Foto: Assessoria

Tadeu Mocelin ao lado de César Miranda

Tadeu Mocelin ao lado de César Miranda

Exonerado e substituído pelo chefe de gabinete do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), Luiz Fernando da Silva Flamínio, nesta terça-feira (31), o ex-presidente do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) Tadeu Mocelin declarou que não pediu exoneração, como foi divulgado no Diário Oficial, e confirmou que sua saída aconteceu por desentendimento com o secretário de Desenvolvimento Econômico Cesar Alberto Miranda.


Leia mais
Governador troca comando do Indea; Sindicato cita retaliação


De acordo com o ex-presidente da autarquia, sua saída aconteceu após ele se manifestar contra a lei que criou o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), aprovada neste ano, que segundo ele, retirou cerca de R$ 10 milhões do Indea.

"Eu tive um desentendimento com o secretário, que tem uma visão diferente. Foi criada a Lei da criação do IMAC, que eu dei parecer contrário na época, pedi para fazer algumas alterações, pois do jeito que estava ia atrapalhar o Indea. Quando ela foi aprovada na Assembleia falar para o governador que o Indea ia perder algo em torno de R$ 10 milhões de recursos. Nós fazemos todas as atividades que certificam que a carne possa ser importada. E com a perca deste recurso, vi que não tínhamos a condição de fazer as atividades essenciais”, disse Mocelin, em entrevista ao Olhar Direto.

“Fui falar com o governador, ele autorizou fazermos uma alteração nesta lei nova, mas infelizmente não deu tempo, pois neste meio tempo tive que ir a Manaus, mas quando eu voltei já tinha uma articulação política para tirar meu nome, porque fui contra o interesse do secretário que disse que o IMAC era a opção dele. Não acho correto uma secretaria que tem vários órgãos agregados, ter um xodó no meio deles”, explicou.

Servidor do Indea por 22 anos, o ex-secretário também disse que não pediu para sair, como foi divulgado pelo Governo e que pretendia dar continuidade ao seu trabalho, que estava sendo reconhecido pelos produtores e pelo próprio governador.

“Não pedi para sair. Me ligaram, perguntaram se eu quisesse que eles publicariam que a exoneração foi a meu pedido, mas não é verdade, porque eu não pedi exoneração, pois não fiz nada errado. Foi um desentendimento com o secretário. Ele tinha uma visão, eu tenho outra, não bateu a forma de trabalho e infelizmente não deu para seguir. Mas fizemos um bom trabalho que foi reconhecido pelo próprio governador. Quando eu assumi no ano passado pegamos uma dívida de mais de R$ 4 milhões, conseguimos praticamente zerá-la. Conseguimos unir também os servidores, que estavam bastante desunidos”, finalizou.

Mocelin foi exonerado na terça-feira e já foi substituído por Luiz Fernando da Silva Flamínio. Mais cedo, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap/MT), que representa os servidores do Indea e Intermat, emitiu uma repudiando o ato de exoneração e declarando que a medida foi tomada por retaliação.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet