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RETOMADA GRADUAL

Em primeiro dia de reabertura, shopping centers têm movimento tímido e lojas que continuam fechadas; fotos

03 Jun 2020 - 16:02

Da Redação - Fabiana Mendes / Da reportagem local - Isabela Mercuri

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Em primeiro dia de reabertura, shopping centers têm movimento tímido e lojas que continuam fechadas; fotos
Os shopping centers de Cuiabá abriram suas portas, nesta quarta-feira (3), depois mais de mais de dois meses fechados como forma de prevenção ao coronavírus. Dentre as medidas estabelecidas pelo decreto municipal, está a aferição da temperatura de todos os clientes com termômetro infravermelho. Apesar de alguns clientes terem aguardado ansiosamente pelas 14 horas, quando seria permitida sua entrada, o movimento foi tímido neste primeiro dia, e algumas lojas, que ainda se adaptam ao 'novo normal', não conseguiram reabrir nesta mesma data. 


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O gerente de Marketing do Shopping Estação, Rodrigo Sousa conta que foram estabelecidos novos protocolos de higienização, de distanciamento social, redução da jornada de trabalho e fechamento aos domingos. Além disso, a praça de alimentação só volta a funcionar na próxima terça-feira (9) e para a academia ainda não há previsão de reabertura.



Mesmo com o período de portas fechadas, Rodrigo afirma que nenhuma loja encerrou as atividades. Contudo, ele não informou o valor do prejuízo do mall.  “A gente não fala sobre os números, somos uma empresa de capital aberto, esse é um protocolo que a gente tem”, explica.



Segundo ele, mais de 100 lojas estão atendendo no sistema delivery mesmo com o retorno presencial. “A gente pede que venham para compras essenciais. Sei que é um período muito difícil porque a gente está acostumado com esse direito de ir e vir, o shopping é um dos programas favoritos, todas as pesquisas, as pessoas contam que estão sentindo falta de viagens e shopping centers. Mas para quem ainda não se sente confortável, o delivery não para. A gente tem uma lista nas redes sociais das lojas que atendem”, afirma.

Moradora de Cuiabá há quatro anos, Rosa Maria, 63 anos, negociava um sofá quando o shopping fechou. Hoje ela retornou para finalizar a compra. “Eu estava negociando um sofá, começou a pandemia, o shopping fechou e não fechei [o negócio]. Estou voltando para retomar, porque sei o sofá que queria, e ele está aqui. Fiquei esse tempo todo esperando pela abertura do shopping e estou muito feliz. Aos poucos estamos voltando a normalidade, mesmo com muitas limitações, mas estamos dando grandes passos”, afirmou, acompanhada do neto que pedia um brinquedo.



Proprietário da loja de instrumentos musicais, Mega Som, Lucas Gentil Alves, 26 anos, afirmou que durante o tempo que o estabelecimento ficou fechado, atendeu por delivery. No entanto, como tem outra unidade no Centro de Cuiabá, as vendas presenciais foram retomadas após decreto da Prefeitura de Cuiabá, com medidas para manutenção da economia.



“A loja do shopping, infelizmente a gente só abriu agora. Focamos lá [no Centro] porque o meu produto é sinestésico, o cliente precisa ver, testar. É difícil atender somente por delivery. No shopping, eu não consegui dar o atendimento necessário para meu cliente ficar satisfeito”, conta o empresário que disse ter sofrido um grande prejuízo, porém, não soube estimar valores.

“Optamos por fazer a flexibilização, utilizamos todos os benefícios que o governo nos deu para os colaboradores, para não ter demissões. Graças a Deus a gente vai passar por essa crise e o fato de a gente não ter demitido, vai fazer mais pela nossa cidade, pelo nosso povo. Eu acho que todo empresário, se possível, deveria fazer isso”, diz.

Proprietária da Arranjos Express, Amanda Hanna, 28 anos, conta que conseguiu manter as vendas com uma loja de rua no bairro Jardim das Américas. Além disso, aderiu ao delivery, mas as vendas não superaram as que ocorriam no shopping. “Deu cerca de 45% a menos”, relata.



“As pessoas não estão com medo, elas não aguentam mais viver assim, uma hora a gente tem que enfrentar, a gente também depende da economia. Saúde é um fator muito importante, mas não dava mais para segurar. Tem muita gente que vai vir, algumas com medo, mas a maioria vem”, relata a empresária sobre a expectativa de abertura. Ela também contou que precisou fazer suspensão de contratos com funcionários e conceder férias.
 
Já no Shopping Pantanal, onde a reportagem observou uma maior circulação de pessoas, inclusive fila em uma loja de telefonia, Zelita Gomes da Sila, 65 anos, contou que precisou fazer uma mudança de plano do celular. “Achei mais fácil aqui”, afirma ela, que só sai em casos considerados necessários. “Eu passo sempre o álcool em gel, tem que tomar cuidado, é perigoso”, alerta. 



De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, a principal medida tomada foi a contratação de um serviço especializado em desinfecção. Além disso, equipamentos e produtos de higiene específicos serão utilizados a cada três horas em todo o empreendimento, principalmente nas áreas muito tocadas, como corrimãos, botões de elevadores, balcões e mesas, além dos banheiros, máquinas de autoatendimento e praça de alimentação.

Conforme nota do Shopping, restaurantes, sorveterias e cafeterias, não voltam atender neste primeiro momento de reabertura. Conforme o decreto, esses estabelecimentos serão liberados para funcionar a partir da próxima semana, incluindo os que possuem sistema self service, com capacidade reduzida a 50% e com o devido distanciamento entre as pessoas. Sistema delivery segue com atendimento normal, diariamente, das 10h às 22h.

Ao acessar o shopping, lojistas, colaboradores, fornecedores e clientes deverão usar máscaras e terão suas temperaturas corporais aferidas pelo termômetro digital infravermelho. Todos aqueles que registrarem mais de 37,8°C seguirão os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e não poderão acessar o complexo de lojas. Pontos de álcool em gel e espuma desinfetantes também ficarão à disposição dos clientes nos corredores do shopping.



O pacote de medidas ainda inclui o controle do fluxo de pessoas no empreendimento e a redução da capacidade de ocupação não apenas do shopping, mas também dentro das lojas. Outra medida contida no protocolo de prevenção é a manutenção da abertura das portas automáticas pelo modo manual para facilitar a renovação do ar. A higienização do filtro de ar-condicionado também vai ganhar reforço durante o período de retomada.

Com a reabertura do empreendimento, o estacionamento também ganha uma nova tecnologia. As cancelas que antes exigiam o toque no botão para liberação vão funcionar por aproximação, sem necessidade de contato com equipamento, reduzindo o risco de contágio com o vírus. Os estacionamentos voltam com as tarifas praticadas anteriormente, mas com a capacidade reduzida para evitar a aglomeração.

Os serviços de valet, empréstimo de carrinhos de bebê, cadeira de rodas, scooter, carregadores de celulares, bebedouros seguirão suspensos. Algumas áreas do shopping como fraldário, balcão de informações e 50% dos banheiros estarão fechados. Para garantir o acesso à informação, o Serviço de Atendimento ao Cliente será digitalizado e realizado pelo Whatsapp ou telefone fixo, garantindo informação e segurança.
 
O empreendimento assegurou que todo o time de manutenção passou por treinamento intensivo. Luvas e máscara serão disponibilizadas aos colaboradores que terão a temperatura aferida a cada 4 horas de jornada de trabalho. O empreendimento vai receber ainda lixeiras exclusivas para o descarte de máscaras e adesivos com orientações espalhados pelo shopping com o objetivo de auxiliar no distanciamento social, delimitando áreas restritas e sinalizando o distanciamento adequado de 1,5 metro.
 
“Nós estamos atentos a todas as orientações dos órgãos de saúde e analisando junto com a Abrasce os caminhos que vamos seguir. Acompanhamos de perto todos os desdobramentos da pandemia no Brasil e no mundo e estamos revisando diariamente as medidas adequadas. Estamos tomando todas as medidas para garantir um ambiente seguro para todos que passam diariamente nos empreendimentos da rede”, afirma César Moraes, superintendente do Pantanal Shopping.

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