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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Após afastamento

Acusado de superfaturamento e lavagem de dinheiro, secretário pede exoneração do cargo

Foto: Lello Nascimento

Acusado de superfaturamento e lavagem de dinheiro, secretário pede exoneração do cargo
O secretário de Educação, Alex Vieira Passos, alvo da 'Operação Overlap', na manhã desta terça-feira (23) e afastado após decisão judicial, pediu a sua exoneração do comando da Pasta. Ele considerou um excesso o pedido por parte da Polícia Civil e foi enfático ao dizer que não tem qualquer relação com os crimes elencados.


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“Achamos que foi um excesso o pedido de afastamento da secretaria. Mas tudo bem, respeitamos. Estou pedindo nossa exoneração do cargo. Até para deixar o prefeito à vontade, fazer as tomadas de contas, pedi minha exoneração. Será difícil eu restabelecer a verdade no período desta gestão, mas quando isso acontecer, gostaria deste mesmo destaque”, pontuou o secretário.
 
Conforme o secretário, ele tinha uma sociedade com uma pessoa que era sócio da empresa contratada. “Isso não implica dizer que eu recebi dinheiro ou paguei alguma coisa. Em 2017, o outro secretário assinou ordem serviço. Eu assumi um ano depois, terminei a obra. Não vejo a relação disto”.
 
Alex ainda acrescenta que seu sigilo bancário foi quebrado e que os policiais não teriam encontrado nada. “Decisão judicial não se discute. Simplesmente terminei uma obra que foi iniciada pela gestão anterior”.

Um dos contratos investigados é o da construção de uma creche, localizada no bairro CPA III, em Cuiabá, em que a empresa do secretário afastado seria a responsável por tocar o projeto.

Durante as análises, encontrou-se uma possível duplicidade de itens licitados, totalizando R$ 249.451,00 em custos executados, que já constavam no contrato anterior. Porém, foram executados novamente de forma integral ou parcial.

A obra, que tinha custo inicial de de R$ 1.432.300,00, foi finalizada com um total de 2.304.570,74, uma diferença de R$ 872.270,74. O valor é 60% maior do que foi licitado no começo.

A operação coordenada pela delegada da GCCO, Juliana Chiquito Palhares e o delegado da Deccor, Luiz Henrique Damasceno, responsáveis pelas representações das medidas, conta com a participação de nove delegados de Polícia, 40 investigadores e dez escrivães.

Para os delegados titulares das unidades envolvidas, Eduardo Augusto de Paula Botelho e Flávio Henrique Stringueta, a ação conjunta reforça o sentimento de unidade da Polícia Civil no combate à criminalidade.

A operação contou com o apoio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Armado de Repressão a Roubos a Banco e Resgate a Assaltos (Garras).

O nome Overlap indica a sobreposição de itens licitados, pois as investigações apontaram duplicidade nas licitações identificadas, fazendo com que o município pagasse duas vezes pelo mesmo serviço.
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