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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Senador interino contrata ex-secretário réu em esquema que desviou R$ 7 mi; MP pediu absolvição

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Senador Carlos Fávaro

Senador Carlos Fávaro

Réu na primeira fase da operação Seven, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e apontado em 2016 pelo Ministério Público Estadual (MPE) como um dos envolvidos em um desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos do Estado, o advogado e ex-secretário-adjunto de Mudanças Climáticas, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Wilson Gambogi Pinheiro Taques, foi contratado pelo senador interino Carlos Fávaro (PSD) para trabalhar em seu gabinete, com um salário de R$ 17,2 mil, fora auxílio-alimentação.

 
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A defesa ressalta que o próprio Ministério Público, autor da investigação, concluiu que não houve envolvimento de Wilson no esquema e requereu sua absolvição. De acordo com o portal da transparência do Senado, Wilson Taques foi contratado por Fávaro no dia 29 de abril deste ano, cerca de dez dias após o interino tomar posse. Ele está sob regime especial de frequência, ou seja, não precisa bater ponto.
 
Em maio, seu primeiro mês como assistente parlamentar sênior no gabinete de Favaro, o advogado recebeu remuneração de R$ 18.354,99, além de um auxílio alimentação de mais de R$ 1 mil. Já em junho, o novo funcionário comissionado do Senado Federal teve a remuneração de R$ 17.207,80 e um auxílio alimentação de R$ 982,29.
 
O advogado, que foi adjunto da Sema durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa foi apontado pelo Gaeco, na época em que a operação foi deflargada, como um dos membros da organização criminosa que provocou o desvio de R$ 7 milhões de dinheiro público ocorrido em uma compra fraudulenta de uma área rural de 727 hectares na região do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães.
 
Conforme o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o advogado, juntamente com Silval Barbosa, o ex-secretário Pedro Jamil Nadaf, o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) Afonso Dalberto, entre outros réus, ainda responde por crimes como peculato, ordenação de despesa não autorizada e formação de organização criminosa.
 
Em 2017, o mesmo MPE que no ano anterior, denunciou que o ex-secretário participou da ação criminosa como mediador e um dos responsáveis pelas execuções das tarefas ilícitas determinadas por Silval Barbosa, concluiu em suas alegações finais que não encontrou indícios concretos de sua participação na quadrilha.  O Poder Judiciário, no entanto, ainda não proferiu a sentença.
 
Um fato curioso é que Favaro assumiu o lugar da senadora cassada Selma Arruda (PODE), que em 2016, ainda estava exercendo a magistratura e comandava a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, onde o caso segue sendo julgado, aguardando o fim da instrução.
 
Em contato com o gabinete do senador interino, sua assessoria de imprensa comunicou que o funcionário não foi condenado por nenhum crime e que o Ministério Público, órgão que inicialmente denunciou a sua participação na organização criminosa, já manifestou que não encontrou indícios suficientes para incriminá-lo em suas alegações finais.
 
Ainda conforme a equipe de comunicação do senador, o ex-secretário está apenas aguardando a Justiça homologar a sua inocência, já reconhecida pelo MPE.
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