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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Sem descanso

Hospitais de Cuiabá vivem movimentação intensa com chegada de pacientes do interior e mortes diárias; vídeos e fotos

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Hospitais de Cuiabá vivem movimentação intensa com chegada de pacientes do interior e mortes diárias;  vídeos e fotos
Não há descanso para quem trabalha na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Olhar Direto esteve, na última segunda-feira (06), em frente ao Hospital Estadual Santa Casa e ao antigo Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, duas unidades referência para atendimento de pacientes com a Covid-19, e constatou que o entra e sai de ambulâncias, principalmente do interior, é intenso. Além disto, os profissionais têm de conviver, todos os dias, com a perda de vidas.


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Repórter fotográfico do Olhar Direto, Rogério Florentino constatou durante algumas horas em frente às duas unidades que a movimentação era intensa. A média era de uma ambulância a cada 20 minutos, muita delas vindas de outros municípios, com pacientes lutando pelas suas vidas e à procura de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na maioria dos casos.


 
Unidades estas que estão cada vez mais escassas em todo o Estado. Segundo o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado na segunda-feira (06), apenas 15 leitos estavam disponíveis, o que representa uma ocupação de 93%.
 
Somente entre domingo e segunda-feira, foram 36 mortes em decorrência do novo coronavírus no Estado, sendo 15 delas de moradores de Cuiabá. As outras são de pessoas dos seguintes locais: General Carneiro, Lucas do Rio Verde, Peixoto de Azevedo, Rondonópolis, Campo Verde, Várzea Grande, Tangará da Serra, Diamantino, Sorriso, Apiacás, Juína, Jaciara, Cametá, Primavera do Leste e Campo Novo do Parecis.   

 
Esta também é uma realidade com que os profissionais da Saúde estão tendo que lidar durante a pandemia. Enquanto pela porta da frente entram pacientes que lutam pela vida, pelas dos fundos saem aquelas pessoas que não conseguiram vencer a guerra contra a Covid-19.
 
Até a última segunda-feira, a Secretaria Estadual de Saúde havia confirmado 857 mortes no Estado.

Em nota recente, o Conselho Regional de Medicina (CRM/MT) clamou para que a população também faça sua parte no combate ao novo coronavírus. "o nosso comportamento social pode ajudar a definir as políticas de saúde e melhorar a logística. Podemos frear o processo, evitando que muitas pessoas possam adoecer ao mesmo tempo. Isto pode trazer um impacto diferente na ponta do atendimento. É ai que a sociedade entra em ação, evitando aglomerações, festas, reuniões sociais. Essas medidas de isolamento social não dependem de política, governos ou autoridades".
 
Dos 22.078 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 11.534 estão em isolamento domiciliar e 8.974 estão recuperados. Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 227 internações em UTI e 327 em enfermaria.

 

Dentre os 20 municípios com maior número de casos de Covid-19 estão Cuiabá (5.191), Várzea Grande (1.678), Rondonópolis (1.523), Sorriso (1.021), Lucas do Rio Verde (965),  Tangará da Serra (855), Primavera do Leste (827), Sinop (586), Nova Mutum (546), Pontes e Lacerda (488), Campo Verde (409), Cáceres (388), Confresa (330), Campo Novo do Parecis (278), Barra do Garças (274), Sapezal (265), Matupá (254), Colíder (253), Querência (245) e Peixoto de Azevedo (234).
 
Reclamação
 
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), volta e meia diz que a Capital é quem carrega a Saúde do Estado nas costas. Isso porque, com a falta de leitos no interior, os pacientes têm de ser transferidos para a ‘Cidade Verde’ e também sua vizinha, Várzea Grande. Este foi um dos motivos para o gestor ser contra o ‘lockdown’ apenas nestes dois municípios. O certo, segundo ele, seria fazê-lo em todo Mato Grosso.

 
O prefeito de Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá), José Carlos do Pátio, está pagando Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) com recursos do próprio município para que não receba pacientes de outras cidades. Ao abrir mão de recursos federais, o gestor retira os leitos da lista de regulamentação para o Estado.
 
“Eu não estou recebendo dinheiro do governo federal para bancar as UTIs. Estou bancando com recursos próprio. Como eu senti pouco apoio do Governo do Estado, resolvi segurar as vagas para Rondonópolis. Se eu credenciasse, teria que resolver o problema do Estado todo. Não queria ver minha população sofrendo”, explicou Zé do Pátio, em coletiva nesta segunda-feira (06).







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