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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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EM MEIO À PANDEMIA

Empresários pedem que quarentena coletiva não seja prorrogada na região metropolitana

Foto: Reprodução

Empresários pedem que quarentena coletiva não seja prorrogada na região metropolitana
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, e demais representantes ligados ao comércio e indústria se reuniram por videoconferência com o secretário da pasta de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec-MT), César Miranda, nesta quarta-feira (08), para discutirem sobre a possível prorrogação da quarentena coletiva em Cuiabá e Várzea Grande. Neste momento, Mato Grosso é o epicentro do coronavírus no Brasil e ainda enfrenta um colapso no sistema de saúde.


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Apenas as atividades consideradas essenciais estão com permissão para funcionar desde o último dia 25 de junho. Os demais estabelecimentos estão de portas fechadas. O prazo final da decisão judicial está previsto para encerrar nesta quinta-feira (09).
 
A medida é uma solicitação da 7ª Promotoria de Justiça Cível do Núcleo de Defesa da Cidadania de Cuiabá, proposta pelo promotor Alexandre de Matos Guedes, e aguarda o parecer do judiciário para entrar em vigor. Na justificativa, é apontado que a Secretaria Estadual de Saúde mantenha as duas cidades com risco de classificação “muito alta” para a transmissão da doença.
 
Porém, os representantes do comércio e da indústria, que também participaram do debate, contestaram a decisão e solicitaram uma reunião com o juiz sobre a decisão de José Luiz Lindote, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Várzea Grande, antes da audiência entre ele e os gestores de Cuiabá e Várzea Grande, marcada para ser realizada nesta quinta-feira, às 15h.
 
Wenceslau emitiu seu posicionamento. “A entidade, desde o início da pandemia – em meados de março – elaborou cartilhas e campanhas institucionais veiculadas em emissoras de TV, com os protocolos de biossegurança recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E apesar de todo esforço que os representantes do comércio estão empregando no combate a disseminação da doença, não estamos sendo consultados nas tomadas de decisões do Judiciário, nem das prefeituras municipais. Já solicitamos, porém não fomos incluídos nos grupos de combate à Covid-19”.
 
Por meio dos agentes de saúde do Sesc e Senac-MT, a entidade percorreu centenas de estabelecimentos comerciais distribuindo máscaras de proteção facial, álcool em gel e instruindo sobre a limpeza do ambiente e distanciamento social.
 
“De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Mato Grosso, foram registrados recordes de pessoas infectadas pela Covid-19 nos últimos dias, mesmo com parte dos estabelecimentos do comércio fechados. Isso mostra que é necessário a conscientização da população em relação a prevenção, no ambiente social e familiar. Já que conseguimos cuidar dos clientes e dos nossos colaboradores enquanto eles estão na empresa”, afirmou o presidente da Fecomércio-MT.
 
Para completar, Wenceslau alertou que além da pandemia, Mato Grosso está à beira de outra crise – econômica e social – com a falência de inúmeros estabelecimentos comerciais e ocasionando o aumento no número de desempregados.
 
O secretário da Sedec-MT, Cézar Miranda, propôs que as entidades elaborem um relatório técnico em que fique comprovado que não é a abertura do comércio a causa do aumento dos casos de pessoas infectadas, e acrescentou sobre a possibilidade de propor escala de funcionamento entre os segmentos considerados não essenciais.

Também participaram da reunião Nelson Soares - presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá  (CDL Cuiabá), Jonas Alves  - presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (FACMAT), Júnior Vidotti  - diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados e Couros de Mato Grosso (Sincalco-MT), Fernando Medeiros – diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso (Abrasel), Sérgio Antunes e Claúdio Vilela – diretores do Sindicato das Indústrias de Confecção, Fiação e Tecelagem do de Mato Grosso (Sinvest/MT), Gustavo Oliveira – presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT) e Margareth Buzetti – presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC).

Contribuíram com a discussão da pauta os adjuntos da Sedec-MT, Jefferson Moreno, Celso Banazeski, Walter Valverde, Eulália Oliveira, o adjunto da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (SECEL-MT), Jefferson Neves, e a procuradora do município de Várzea Grande, Sadora Xavier.

Polêmica 

Nesta semana, a Fecomércio se envolveu em uma polêmica e foi criticada por servidores públicos de 28 categorias diferentes de Mato Grosso. Eles assinaram uma dura nota de repúdio, pelo apoio da entidade à Reforma da Previdência.
 
O manifesto classifica a federação como “sindicatão dos patrões” que está na “contramão da quase totalidade das entidades de trabalhadores”. Além de repúdio, eles pediram retratação da entidade, sob ameaça de boicote contra as empresas dos diretores da Fecomércio.
 
Isso por que, segundo o texto, a Fecomércio aplaude uma reforma classificada como da “escravidão e da fome” que reduz quase pela metade o valor de pensões para viúvas, além de aumentar o tempo de serviço para pessoas com deficiência e reduzir valor de sua aposentadoria. Estas e outras ações fazem parte do projeto de desmonte da previdência, atingindo mais de 40 mil servidores ativos.
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