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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Conta não bate

Oposição e situação contabilizam mais votos que vereadores para afastamento de prefeito

Foto: Rogério Florentino/OD

Oposição e situação contabilizam mais votos que vereadores para afastamento de prefeito
Levantamento feito pelo Olhar Direto aponta que os votos para o relatório da CPI 'do Paletó', que concluiu nesta semana que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deve ser afastado por 180 dias, "criou" uma 26ª vaga de vereador na Câmara Municipal de Cuiabá. Isso porque a oposição diz que tem 11 votos e a base de sustentação do Executivo garante que conta com 15 parlamentares contrários ao que foi decidido na CPI, mesmo com a casa de leis tendo 25 vereadores. Vale que Toninho de Souza (PSDB),  Marcelo Bussiki (DEM) e Sargento Joelson (PSC) já votaram o relatório ainda na CPI. Somente Toninho se posicionou contra o afastamento do prefeito.

 
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A oposição, segundo o vereador Felipe Wellaton (Cidadania), um dos principais parlamentares oposicionista do prefeito Emanuel Pinheiro já conta com onze votos para que o prefeito seja afastado do cargo durante o trabalho da comissão processante que pode concluir pela sua cassação em definitivo.
 
“Se alguém da base está falando que a oposição não tem onze votos, quer dizer que eles estão dialogando muito para tentar comprar ou trazer pessoas. Eu acredito que quem é coerente, combate a corrupção, não quer mais impunidade neste país vai votar a favor do relatório e do afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro. Agora se eles estão fazendo contagem, significa que eles ou estão tentando cooptar, ou estão com medo. Na nossa contagem temos onze votos a favor do relatório aprovado pela CPI”, disse o parlamentar ao Olhar Direto.
 
Já o líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Luís Claudio (Progressistas), assegurou que a base de sustentação do Executivo conta com 15 votos. Ele ainda afirmou que a oposição deve estar fazendo um ‘jogo de cena’, ao divulgar que conseguiram mais um voto a favor do relatório.
 
“A base de sustentação do prefeito tem 15 vereadores e então resta 10. Agora se algum desses vereadores deixou a base, não temos conhecimento. Não sei se é jogo de cena dos vereadores da oposição”, afirmou.
 
Além dos votos contabilizados até então, a oposição pode contar com o apoio do vereador licenciado e hoje secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo (DEM), que no início do mês de março, retornou à Câmara para votar contra a cassação do colega Abílio Junior (PODE).
 
“Na votação da cassação do vereador Abílio, o Gilberto retornou a Câmara por um dia e estava presente. Nós contamos com ele neste momento, já o comunicamos e estamos aguardando o seu posicionamento. Sabemos de sua responsabilidade como secretário, mas ele também tem direito e um compromisso com Cuiabá. Cada vereador vota com sua consciência e a população está vendo isso”, disse o parlamentar.
 
Para o líder da prefeitura, a hipótese é absurda. Ele também avaliou que se o secretário deixar o posto para retomar o mandado na Câmara apenas por uma divergência política, ele não está apto a ocupar o cargo que ocupa.
 
“Se o Gilberto sair do combate a pandemia para uma disputa no campo político e vir votar em um relatório inconsistente como o que foi aprovado, é o fim do mundo. Se acontecer isso ele tem que deixar de ser secretário”, afirmou. 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro por possível recebimento de propina paga pelo governador Silval Barbosa quando o gestor ainda era deputado estadual votou pelo afastamento do prefeito por 180 dias e pela criação de uma comissão processante que pode resultar na cassação do mandato em definitivo. 

A votação foi na última sexta-feira (10) e o resultado ficou em dois votos a favor do afastamento do prefeito, dos vereadores Marcelo Bussiki (DEM) e Sargento Joelson (SD), conta um voto contrário de Toninho de Souza (PSDB), que é da base de Emanuel Pinheiro e relator da comissão.

Nesta terça-feira (14), o presidente da Câmara Municipal, Misael Galvão (PTB), alegando a ‘necessidade de garantir a legalidade no processo’, encaminhou o relatório da CPI à procuradoria da casa de leis. Ele também disse que só irá colocar a questão em votação no plenário assim que receber o parecer.

Hoje a oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro conta com os vereadores Abílio Junior, Clebinho Borges (PSD), Diego Guimarães (Cidadania), Dilemário Alencar (PODE), Felipe Wellaton (Cidadania), Lilo Pinheiro (PDT), Marcelo Bussiki (DEM), Sargento Joelson (SD), Vinicyus Hugueney (Progrressistas) e Wilson Kero Kero (PODE).

Já a base do prefeito conta com Adevair Cabral (PTB), Adilson Levante (PSB), Chico 2000 (PL), Marcos Veloso (PV), Dr. Xavier (PTC), Juca do Guaraná Filho (MDB), Justino Malheiros (PV), Luís Claudio (Progressistas), Marcrean Santos (Progressistas), Mário Nadaf (PV), Misael Galvão (PTB), Orivaldo da Farmácia (Progressistas), Renivaldo Nascimento (PSDB), Ricardo Saad (PSDB) e Toninho de Souza (PSDB).
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