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Estudantes pedem ‘bônus’ na nota de mato-grossenses em vestibulares locais; projeto tramita na AL

18 Jul 2020 - 15:13

Da Redação - Isabela Mercuri e Érika Oliveira

Foto: Reprodução

Estudantes pedem ‘bônus’ na nota de mato-grossenses em vestibulares locais; projeto tramita na AL
Depois que a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) anunciou que vai utilizar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como admissão para o vestibular de inverno, estudantes do estado decidiram criar uma petição para que haja um ‘bônus’ para vestibulandos mato-grossenses nestes processos seletivos de universidades estaduais. A inciativa já virou Projeto de Lei e está tramitando na Assembleia Legiaslativa de Mato Grosso.


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Dentre as justificativas, está a necessidade de aumentar a porcentagem de alunos do estado em suas universidades públicas. A medida já foi tomada em outros lugares, como no Maranhão.

A iniciativa foi da estudante Isabella Lacerda Bonaccordi. Segundo ela, a intenção é que o bônus seja para os alunos que cursaram o ensino médio integralmente em escolas de Mato Grosso, com porcentagem adicional máxima de 20% da nota.
 
“Tal ação diminuirá as desigualdades no ingresso à UNEMAT, além de mitigar a evasão universitária e a dispersão de profissionais já formados”, explica a estudante. Segundo ela, seria importante adotar o bônus regional já para a seleção pelo SISU em janeiro de 2021, pelo menos nos cursos mais concorridos, como medicina.
 
A ideia foi apresentada aos deputados e acatada por Janaína Riva (MDB), que apresentou o Projeto de Lei. O objetivo, conforme a matéria, é ampliar a permanência do aluno após formado no Estado, o que justificaria o investimento feito pelo Governo de Mato Grosso em sua formação.
 
“Como tem sido demonstrado em inúmeros trabalhos estatísticos, a maior porcentagem de alunos de outros Estados proporciona maior evasão universitária e fuga de profissionais após formatura, ainda que todo o custeio da universidade seja do governo do Estado de Mato Grosso e, portanto, de cidadãos mato-grossenses”, explicam os alunos, no documento em que pedem a aplicação do bônus.
 
“Além disso, os estudantes mato-grossenses não concorrerão em condições de igualdade com alunos de outras regiões do país, haja vista que as distorções sociais e econômicas de cada macrorregião são intrínsecas à qualidade da educação básica e do ensino médio ofertada pelas escolas. A título de ilustração, tem-se a própria média do ENEM por escola, com destaque de desempenho da região Sudeste”, completam.
 
A medida já é adotada em outros estados, como o Maranhão, onde desde 2018 há bonificação de 20% nas notas de alunos oriundos de escolas maranhenses. No Acre também foi implantado o bônus. “O curso de medicina da universidade no segundo semestre de 2018 não teve o ingresso de nenhum aluno acreano. Com a inclusão regional, o número de alunos ingressos no curso de medicina passou a ser de 47,5% da turma do primeiro semestre de 2019”, disse, na época, a pró-reitora Ednaceli Dasmasceno.

Em relação à Unemat, o advogado André Luiz da Silva Araújo, de Primavera do Leste, também defendeu a medida, em um artigo publicado na imprensa, em que argumenta:“A UNEMAT, como todos sabemos, é custeada com recursos oriundos de tributos estaduais, pagos pelos contribuintes de Mato Grosso, o que significa dizer que seu custeio é arcado por toda a sociedade mato-grossense”.

Se aprovado, o projeto de lei irá garantir a inclusão de um bônus de 20% na nota final do Enem dos alunos que se enquadrarem nos seguintes requisitos:
 
I - tenham cursado todo o ensino médio em Mato Grosso, em instituições públicas ou privadas;
 
II - que comprovarem terem mantido domicílio há pelo menos cinco anos ininterruptos no Estado de Mato Grosso;
 
III - que comprovarem terem mantido domicílio há pelo menos dez anos intercalados em Mato Grosso.
 
A Unemat realiza processo seletivo anual para ingresso em seus cursos de graduação pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), utilizando-se da nota do Enem nos vestibulares do primeiro semestre. Porém, nos vestibulares do segundo semestre é feito o vestibular tradicional, em que são cobrados conhecimentos regionais, o que acaba beneficiando estudantes locais.

Os estudantes criaram um abaixo assinado sobre a petição pública. Acesse AQUI.
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