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Segunda-feira, 18 de março de 2024

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CASO ISABELE

Pedido de busca e apreensão revela suspeita de tiro não acidental e confusão em depoimentos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Pedido de busca e apreensão revela suspeita de tiro não acidental e confusão em depoimentos
A cada dia que se passa, o caso do disparo que matou a adolescente Isabele Ramos, 14 anos, dentro de uma residência no condomínio Alphaville, em Cuiabá, ganha novos capítulos. O que se sabe é que o caso está sendo apurado por três frentes de trabalhos, sendo que as duas principais são desvendar o depoimento confuso dos envolvidos no caso e a possibilidade de o tiro não ser acidental. 

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Por conta disso, a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), assim que foi colocada a frente das investigações, logo fez um pedido de busca e apreensão tanto na casa onde ocorreu a tragédia quanto no condomínio onde mora o adolescente que seria um dos donos da arma que disparou. 

O delegado Wagner Bassi Júnior, titular da DEA, logo que foi conduzido ao caso, pediu à Justiça operação de busca, apreensão e utilização de luminol na casa onde a morte ocorreu, para tentar desvendar o que aconteceu. 

Nesta segunda-feira (3), Olhar Direto teve acesso ao pedido feito pelo chefe de polícia, que confirma, em trecho, que essa ordem judicial poderia auxiliar nas investigações, pois no entendimento dele o depoimento da adolescente, autora do disparo, era um tanto quanto confuso e a trajetória do projétil no rosto da vítima também indica que quem atirou, apontou a arma para o alvo. 

"Cabe destacar que a oitiva da adolescente aponta uma dinâmica dos fatos confusa e contraditória, já que a arma seria guardada no quarto do pai, porém o disparo ocorreu no quarto da própria adolescente. Além disso, as investigações iniciais apontam um disparo com entrada do projétil na altura do nariz da vítima, com saída na nuca em sentido reto. O que indica que o disparo como se a adolescente estivesse apontada a arma para a vítima, na altura do seu rosto, o que não é condizente com um disparo acidental", escreveu o delegado no pedido à justiça, com intuito de apuração detalhada destes fatos, a fim de estabelecer de forma clara a dinâmica do crime. 

Wagner Bassi também pediu que as imagens do circuito interno de imagens de segurança do condomínio fossem repassadas à polícia, assim como os celulares dos envolvidos no caso. Tanto da vítima quanto da autora. 

O pedido feito pelo delegado foi autorizado pela juíza Cristiane Padim da Silva, titular da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá. O resultado das buscas não foram divulgados. Os exames do local de crime e também de balística, muito menos o de necropsia, foram finalizados. 

Essa semana, o delegado Wagner Bassi deve concluir o inquérito do caso, que investiga as atitudes da adolescente que teria disparado. Conforme o pedido do delegado, é claro que ele desconfia do depoimento e também do crime ter sido acidental. 

A mãe de Isabele, Patrícia Guimarães Ramos, não acredita nessa tese defendida pela família Cestari, que é a proprietária da casa onde Isabele morreu, no Alphaville, em 12 de julho deste ano. 

Recentemente, a imprensa também publicou as chamadas do Marcelo Cestari ao Samu. Isso faz com que novas dúvidas surjam no caso. Os áudios revelam que ele chamou o socorro por conta de uma queda e não por conta de um tiro, primeiramente. 

Antes disso, ele também teria feito outras ligações. Porém, o enredo das chamadas não foram divulgadas pela Polícia. Marcelo Cestari também é investigado no caso. Por ora, ele não quer se declarar à imprensa sobre o acontecido entre sua filha e Isabele, de 14 anos. 
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