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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Armamento pesado

Mortes em confronto aumentam 90% e secretário afirma que bandidos estão mais armados e reagindo

Foto: Bruno Pinheiro - TV Vila Real

Um dos confrontos terminou com seis mortos em Cuiabá

Um dos confrontos terminou com seis mortos em Cuiabá

O secretário de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, afirmou que os criminosos estão se armando com equipamento bélico mais pesado e tem reagido mais as abordagens policiais. Segundo ele, antes os bandidos abandonavam suas mercadorias e fugiam, mas o comportamento mudou. Agora, há ameaças e confrontos. “Se houver agressão, a polícia vai reagir”, explica. Levantamento aponta que o número de óbitos nestes tipos de casos aumentaram 90%.


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Ao todo, foram 78 mortos por confronto com as forças policiais em Mato Grosso, de acordo com as informações da Superintendência do Observatório da Violência, entre o mês de janeiro e o dia 9 de agosto de 2020. No mesmo período de 2019, foram 41 casos, representando acréscimo de 90%.
 
“Temos observado esse comportamento na região de fronteira. Antes os criminosos abandonavam o carregamento e fugiam, agora passaram a revidar usando armas como fuzis. O mesmo tem ocorrido na região metropolitana, com os bandidos atirando contra os policiais, ameaçando matar policiais. Se houver agressão, a polícia vai reagir”, argumentou o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
 
Conforme a Superintendência do Observatório da Violência, ligado à Secretaria Adjunta de Inteligência da Sesp, a letalidade das ações policiais dentro do universo das prisões em flagrante, cumprimento de mandados de prisão e as conduções para averiguação é inferior a 1%. As mortes resultantes durante prisões em flagrante foram de 0,74% e 0,33% com relação às conduções para averiguação.
 
“Isso demonstra o alto preparo e a consciência nas ações desenvolvidas por estes profissionais. Eles só reagem quando há uma desobediência de ordem do poder de polícia, ou quando os criminosos atiram contra um policial armado”, disse o titular da Sesp.
 
Somente de janeiro a junho foram apreendidas 5,7 toneladas de drogas, um prejuízo de aproximadamente R$ 51,5 milhões no mercado do crime. Presos e descapitalizados, neste ano, se observou que os criminosos passaram a reagir e usar equipamento bélico mais pesado.
 
Este ano, com mais abordagem policial, houve mais apreensão de armas de fogo de grosso calibre, mais apreensão de drogas, além da redução de crimes contra a vida e o patrimônio no Estado.

Confrontos

Quatro bandidos morreram em um suposto confronto com policiais do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), em uma região de mata no município de Cáceres (a 220 quilômetros de Cuiabá), na tarde de terça-feira (11).

Os militares faziam rondas pela região quando viram diversos homens armados. Eles pediram para que os suspeitos parassem, mas eles reagiram e atiraram. Quatro criminosos foram atingidos e posteriormente socorridos ao Hospital Regional. No entanto, não resistiram aos ferimentos.

Outros nove suspeitos teriam sido vistos fugindo para a Bolívia com sacos que poderiam estar com drogas. Até o momento, eles não foram localizados. A ação resultou na apreensão de quatro armas de fogo e diversas munições.

Seis criminosos foram mortos em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), no fim de julho, nos fundos do Belvedere II, em Cuiabá. Um policial militar e o filho de um sargento estão entre os óbitos.

Conforme as informações iniciais, os bandidos estavam em dois carros (Corolla blindado e Uno) e atiraram contra a viatura do Bope. Os PMs responderam os disparos e seis bandidos acabaram atingidos.

Ao Olhar Direto, o  tenente-coronel Ronaldo Roque da Silva, comandante do Bope, disse que o acompanhamento começou desde noite de terça-feira (28). Até que conseguiram vistoriar um veículos com as características informadas, porém não houve êxito no pedido de parada feito pelo policiais. Os criminosos abriram fogo contra a PM e deram ré no carro, para poder fugir pela mata. Em seguida, houve o confronto. No local onde os criminosos foram mortos, os PMs encontraram três revólveres e a mesma quantidade de pistolas.

O experiente advogado criminalista Waldir Caldas começou nesta semana a defesa de Geovane Ferreira Sodré e Rogério da Cruz Liberatori. Ambos são sobreviventes da ação em que policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que acabou matando seis homens que estavam indo cometer um crime de roubo a uma chácara na região do bairro Jardim Itamaraty, nas proximidades do Belvedere, em Cuiabá. 

Segundo o advogado, os dois estavam dentro dos carros que foram crivados de balas. Eles atestam que não houve confronto algum com os policiais. Por conta disso, na segunda-feira (11), Caldas encaminhou seus clientes para iniciar uma notícia crime junto ao Ministério Público. Lá foram atendidos pelo promotor do Núcleo de Defesa da Vida, Samuel Frungilo. 

Conforme o advogado, seus clientes têm perfurações de bala no braço, na perna e estilhaços nas costas e joelho. "Eles estão feridos, mas nenhum com gravidade. Buscamos o Ministério Público para esclarecer a situação. Nós apresentamos provas e vamos em busca das demais. Agora cabe à PM também informar o que de fato houve por lá. Acreditamos no trabalho da Polícia Civil e esperamos que tudo seja investigado com seriedade", disse o advogado.


 
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