Afilhado político dos irmãos Jayme e Júlio Campos, ambos do DEM, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB), o Emanuelzinho, disse que sua eventual candidatura a prefeito de Várzea Grande continua sendo discutida pelo grupo político. A estratégia deverá ser a mesma adotada pelas lideranças democratas anteriores, de só bater o martelo sobre o assunto no limite do prazo das convenções partidárias, que este ano serão realizadas entre 31 de agosto e 16 de setembro. O parlamentar vem liderando pesquisas de intenções de voto no Município.
 
Leia mais:
Emanuelzinho lidera levantamento interno para definir candidato a prefeito em Várzea Grande
 
“O que tem hoje é um cenário em que me sinto muito honrado por aparecer bem nas pesquisas. Fico feliz, é um reflexo do nosso esforço em conjunto, do meu trabalho enquanto parlamentar associado ao das lideranças que nos apoiam em Várzea Grande. O PTB está debatendo pré-candidaturas em todo o Estado, mas por enquanto ainda não podemos definir esse assunto. Eu ainda estou trabalhando intensamente para viabilizar recursos pro interior na luta conta a Covid, então meu foco hoje tem sido esse. E essa decisão, será uma decisão de grupo, porque resolveremos o que for melhor para Várzea Grande e não o melhor para mim”, disse Emanuelzinho, em entrevista ao Olhar Direto.
 
O deputado respondeu também às críticas do pré-candidato em Várzea Grande, Flávio Frical (PSB), que esta semana disse que a demora do grupo dos Campos em confirmar a candidatura de Emanuelzinho seria para favorecimento pessoal dos caciques do DEM.
 
“O prazo para a indicação é até a convenção, então não temos obrigação de fazer nenhuma indicação nesse momento. Respeito a opinião do candidato, que é legitima, mas estamos dentro do prazo. Isso precisa ser discutido com calma e propriedade”, rebateu o parlamentar.
 
Nos bastidores, corre que Emanuel Pinheiro (MDB) - que é pai de Emanuelzinho - já teria fechado um acordo para que a cúpula democrata, inclusive o governador Mauro Mendes, apoie a candidatura do deputado federal em Várzea Grande. Em contrapartida, o emedebista recuaria de sua reeleição para apoiar Eduardo Botelho na Capital.
 
Alguns interlocutores de ambos os grupos já vêm admitindo, inclusive, a possibilidade dos líderes - que trocam farpas publicamente há algum tempo - dividirem palanque em novembro. Emanuelzinho nega.
 
“O próprio prefeito Emanuel Pinheiro já disse várias vezes que Cuiabá é inegociável. Então, ele trabalha a candidatura dele em Cuiabá, avaliando se vai a reeleição ou não, enquanto eu construo a minha história com os meus propósitos junto ao meu grupo em Várzea Grande. Então, são questões distintas”, asseverou.