O senador interino e pré-candidato ao Senado, Carlos Fávaro (PSD), tem mantido conversas discretas com a ala maurista do Democratas que não apóia a coligação do partido com o também pré-candidato Nilson Leitão (PSDB). Conforme apurou a reportagem, o social democrata ofereceu a segunda suplência de sua chapa ao governador Mauro Mendes (DEM).
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No início do ano, quando a eleição suplementar havia sido marcada para abril, Fávaro tinha em seu grupo a empresária Margareth Buzzetti (PP) na primeira suplência e Fernando Bortolini (PSD), que é filho do deputado Ondanir Bortolini, o Nininho, na segunda suplência.
A acomodação de Bortolini na chapa, à época, ocorreu em cima da hora justamente pela dificuldade de Fávaro em firmar compromisso com seus então aliados, tendo em vista o inchaço de candidaturas ligadas ao Paiaguás.
Por conta da pandemia, as eleições foram suspensas e toda a convenção realizada no inicio do ano anulada. Com o jogo zerado e o recuo da candidatura de Júlio Campos, que faz parte do grupo de risco da Covid-19, a expectativa era de quem o DEM apoiasse Fávaro ou o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), o que não ocorreu.
Este mês, remarcada a suplementar, Júlio e parte considerável do DEM anunciou que iria apoiar Leitão, ocupando inclusive a primeira suplência do tucano. A decisão incomodou a ala maurista do partido e as discussões em torno do assunto seguem acaloradas.
A princípio, rumores davam conta de que Mauro havia decidido apoiar seu vice, Pivetta, liberando os demais correligionários para caminhar com Leitão. A presença do partido na coligação tucana, no entanto, seria definida por votação do diretório.
No entanto, segundo apurou
Olhar Direto, Fávaro vem mantendo conversas nos bastidores com o governador e, tendo em vista o imbróglio que se criou em torno do assunto, já se discute inclusive um recuo da candidatura de Pivetta, afim de aparar as arestas no grupo governista.