O deputado Dilmar Dal’Bosco, que é líder do Governo na Assembleia Legislativa, cobrou que o ex-deputado Fábio Garcia anuncie se virá ou não candidato a prefeito de Cuiabá, tendo em vista o já vigente período das convenções partidárias. Segundo o parlamentar, o DEM aguarda essa definição, pois, em caso de recuo da candidatura própria, será preciso – no linguajar político – trocar os pneus com o carro andando e conduzir as articulações em torno de uma aliança que poderá passar, inclusive, pelo apoio da reeleição de Emanuel Pinheiro (MDB).

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“A gente não aceita que o DEM seja moeda de troca. Nós vamos respeitar a decisão dos municípios, desde que seja tomada com maturidade e não em negociatas. Já começou as convenções e ele [Fabio] não define, ne? Então, ou ele define de uma vez ou deixa todo mundo livre também e vamos apoiar outra candidatura ou o próprio prefeito que aí está. O Fábio tem que definir, porque ele que sobrou como candidato do partido, então ou ele vai ou não vai e libera a gente”, declarou Dilmar, nesta terça-feira (01).

O período das convenções que marcam o registro das candidaturas começou nesta segunda-feira (31) e vai até o dia 16 de setembro. Conforme já divulgado pelo Olhar Direto, o DEM está há cerca de um mês debruçado sobre a crise que se instalou na sigla por conta dos apoios nas eleições de novembro, tanto no caso das municipais como na suplementar, que escolherá o novo senador por Mato Grosso.

As recentes pesquisas contratadas pelos partidos para avaliar o contexto das eleições teriam desmotivado a parte da cúpula do Democratas em Mato Grosso que ainda insiste em candidatura própria para prefeito em Cuiabá.

Fábio Garcia, o único nome que restou para encabeçar o projeto do partido na Capital, estaria desanimado após marcar pouco mais de 1% em cenários que colocam Emanuel Pinheiro como o predileto para continuar no cargo.

A construção de uma candidatura de oposição ao atual prefeito era um desejo particular do governador Mauro Mendes. Um acordo, inclusive, havia sido firmado para que a candidatura na Capital fosse definida pelo chefe do Executivo, enquanto a suplementar seria responsabilidade da ala do partido ligada aos Campos.

Porém, o referido acordo foi quebrado quando Mendes rejeitou a composição recém anunciada e que colocou Júlio Campos na primeira suplência de Nilson Leitão ao Senado. O conflito, segundo afirmam fontes ligadas ao DEM, teria deixado os políticos simpatizantes à reeleição de Emanuel mais à vontade para discutir um projeto junto do emedebista.

Segundo Dilmar, Garcia estaria esperando o resultado de uma nova pesquisa para enfim decidir seu futuro neste pleito. “Ele tem falado que está à disposição, é isso que eu sei, que ele estaria aguardando o resultado de uma pesquisa. Estamos aguardando ele, até porque temos que marcar a convenção”, cobrou novamente o deputado.