As convenções partidárias, que marcam o período de registro das candidaturas, começaram na segunda-feira (31), mas o cenário das eleições de novembro em Mato Grosso ainda é absolutamente incerto. O dilema maior segue no grupo ligado ao Paiaguás, que está cada vez mais rachado por conta da disputa pelo apoio do governador Mauro Mendes (DEM). Em meio às articulações, o chefe do Executivo deu a entender que procedem os rumores de possibilidade de recuo de Otaviano Pivetta (PDT) na suplementar. O mesmo ocorreu durante entrevista do coordenador de campanha do pedetista, o deputado Max Russi (PSB).

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“Hoje, pelos cenários e pelas articulações, nós temos dois pré-candidatos: Pivetta, meu amigo pessoal há mais de 10 anos, estivemos juntos no projeto do Pedro Taques – que lamentavelmente nos frustrou -, nos unimos em 2018, estamos juntos no Governo e eu como seu amigo respeito esse desejo dele em ser senador. Então, ele está construindo essa candidatura e vamos ver até as convenções quem realmente continuará no processo”, disse Mauro Mendes, durante viagem a Cáceres nesta terça-feira (01).

“Do outro lado temos o Fávaro, que conheço há menos tempo, mas estivemos juntos também. Ele virou senador e está mostrando grande aptidão no exercício deste cargo em Brasília, tem experiência, já foi vice-governador, está ligado a um importante setor da nossa economia... Eu tenho motivos para votar e apoiar os dois, mas não posso fazer isso, então vou esperar tudo estar realmente definido para saber o que posso fazer”, acrescentou o governador.

Em meados de agosto, o ex-senador Júlio Campos sugeriu que a candidatura de Pivetta corria risco de não vingar. A crise no grupo governista vem desde o ano passado, tendo em vista o inchaço de nomes disponíveis.

Em meio às indefinições fontes ligadas ao Paiaguás disseram que um acordo – passando pela desistência da candidatura de Pivetta – teria sido firmado para acomodar Júlio na chapa de Nilson Leitão (PSDB) e liberar o governador para apoiar Carlos Fávaro. Pessoalmente, o vice-governador não se manifestou sobre o assunto.

Esta semana, o coordenador da eventual campanha de Pivetta, o deputado Max Russi que o pedetista esteja pensando em desistir do pleito. Porém, até mesmo a fala do parlamentar foi mais ponderada nesta terça-feira, já admitindo a possibilidade de recuo.

“É claro que o grande número de candidatos no grupo do Governo acaba enfraquecendo todos os projetos, então, todos àqueles que estão de certa forma ligados ao Governo acabam perdendo. Mas eu acredito muito que o governador vai se manter firme no compromisso com o Pivetta. Eles estão juntos desde 2010, têm muita sintonia e tenho certeza que se o Pivetta participar da eleição o governador estará junto com ele”, disse Max, ao ser questionado sobre o assunto.

Além disso, o deputado comentou sobre como ficaria o arco de aliança já formado em torno da candidatura de Pivetta caso sua desistência se confirme. “Aí nós vamos abrir as conversas com todos os partidos. Mas, primeiro, dentro do grupo. O Pivetta não deve mudar, eu não acredito nisso, mas se mudar vamos conversar para que esse grupo que já está formado – com o PV, o PDT, o PCdoB e o Republicanos – continue junto”, disse.