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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Discurso na ONU

Coronel sai em defesa de Bolsonaro e diz que presidente não culpou índios por incêndios florestais

Foto: Arquivo pessoal/Facebook

Coronel em aldeia Xavante em Campinápolis

Coronel em aldeia Xavante em Campinápolis

Candidata escolhida por Jair Bolsonaro para a disputa suplementar de Senado, que acontecerá em Mato Grosso em novembro, a coronel Fernanda (Patriota) saiu em defesa do presidente da República, após as várias críticas que ele recebeu por declarar na abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que índios e caboclos ateiam fogo na floresta Amazônica. A militar declarou em entrevista ao Olhar Direto que o presidente não mentiu e a sua fala foi mal interpretada pela maioria.

 
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De acordo com a coronel, a fala do presidente não foi discriminatória aos índios e caboclos que vivem na floresta, e sim uma constatação de que eles, culturalmente ateiam fogo de forma controlada e não criminosa, como forma de sobrevivência. 

“Foi uma fala pontual, concordo com tudo, mas percebi que faltou uma palavra para complementar. Se prestarmos atenção com paciência vemos que o que ele fala é o que realmente acontece. O fogo que existe lá é necessário, feito pelos índios e caboclos para fazer o manejo da área para eles poderem plantar. O presidente não quis dizer que os índios botam fogo na floresta. Eles fazem manejo controlado. Agora tem pessoas que estão fazendo o incêndio criminoso e que nestes casos, o Governo está investigando e tomando medidas duras”, explicou.
 
Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que “os incêndios na floresta acontecem praticamente nos mesmos lugares, no entorno da região leste, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, já em áreas já desmatadas”, e que “os focos identificados como criminosos estão sendo combatidos com rigor”.
 
A fala foi duramente criticada por analistas políticos, Ongs e por opositores do Governo, que usaram redes sociais para repudiarem o discurso.
 
Maior opositora mato-grossense de Bolsonaro na Câmara, a deputada federal Rosna Neide (PT) delcarou que o discurso do presidente ofende a todos os povos indígenas, quilombolas e fazendeiros que vivem tanto na florente Amazônica, quanto no pantanal.
 
“O presidente da República falou na ONU que os focos foram provocados por caboclos e por índios. Como mato-grossense, estou indignada com isso. Caboclos, índios, quilombolas, fazendeiros, todo o povo do Pantanal está na defesa do Pantanal. Se alguém colocou fogo de uma forma criminosa, não foram os caboclos e os índios. As imagens e o controle do governo devem identificar quem foi e fazer a sua punição”, disse.
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