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Sábado, 20 de abril de 2024

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Descriminação de gênero

"Me atacou gratuitamente por eu ser mulher’, reclama vereadora sobre Abílio Júnior

Foto: Assessoria/Câmara Municipal

Recém-empossada como vereadora, a advogada e ex-secretária da Mulher de Cuiabá Luciana Zamproni (PTB) disse ter ficado chocada com a recepção, segundo ela discriminatória por ser mulher, do agora colega de parlamento Abílio Júnior (Podemos) na sessão extraordinária em que foi votado e rejeitado por maioria dos votos um pedido de afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). De acordo com a parlamentar, o candidato à prefeitura se sentiu ameaçado por ter uma mulher convivendo em um espaço político igual ao dele.

 
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Para a vereadora, que deve ficar na Câmara por pelo menos 60 dias por causa da licença de Chico 2000, o vereador Abílio mostrou que tem algum tipo de problema com mulheres e que o ataque direcionado a ela durante a sessão foi além das diferenças políticas, visto que o oposicionista não teve a mesma indignação com nenhum dos vereadores homens, que inclusive mudaram seus posicionamentos e votaram a favor do prefeito, como foi o caso de Vinicyus Huguenei (SD), que seguiu a orientação de seu partido.
 
“Me atacou gratuitamente por eu ser mulher. Quantos outros mudaram seus votos por questões jurídicas ou porque analisaram melhor o processo. Mas o ataque dele era a minha pessoa por estar uma mulher ali. A mulher enquanto política, no espaço, no poder que teve a oportunidade e foi recepcionada de forma machista na Câmara, por parte do Abílio”, disse a suplente em exercício ao Olhar Direto.
 
“No século 21 um parlamentar falar da forma que falou comigo, agredindo minha pessoa, e não o meu voto, porque em nenhum momento ele justificou o meu voto. Ele não falou o porque, ele só me agrediu enquanto mulher. Porque eu estava em um espaço de poder de igual para igual com ele. Esta foi a parte chocante que eu tive no parlamento, por parte dele”, afirmou.
 
A vereadora ainda explicou que daqui para frente, nos dois meses que deve ficar na Câmara Municipal, terá um relacionamento apenas institucional com Abílio, quem ela classificou como um candidato a prefeito que descrimina as mulheres.
 
“Venho de um berço com uma educação com mãe e vó professoras. Minha vó foi homenageada com seu nome em uma biblioteca em Rondonópolis. O meu relacionamento será apenas institucional com ele, porque já vi que ele não tem a mesma educação de berço que eu tenho. É um candidato a prefeito machista que já declarou que a secretaria da Mulher é inútil, que não faz nenhum projeto de lei voltado para mulher e recepciona a segunda vereadora na legislatura desta forma. Você quer dizer que isso, no século 21 não é machismo”, questionou.

Em sua primeira sessão na Câmara Municipal de Cuiabá, nesta terça-feira (29), a suplente de vereadora em exercício foi atacada e travou uma acalorada discussão com o vereador e candidato a prefeito Abílio Junior, por ela ter votado pelo arquivamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pedia o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro.

A vereadora foi uma dos 15 parlamentares a votarem pelo arquivamento do afastamento do prefeito, fato que deixou Abílio bastante irridado. Em seu tempo de fala, o vereador disse que a colega é 'uma vergonha para todas as mulheres', e que ela 'não representa a classe feminina', pelo seu posicionamento político.
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