O senador interino Carlos Fávaro (PSD), candidato à reeleição, participou na noite da última terça-feira (20) de uma reunião na Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiaba (Aedic). No encontro, defendeu que a industrialização seja prioridade para o desenvolvimento do estado, com resolução de entraves históricos como o alto custo da energia, dos tributos e do custo do transporte.
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Para o senador, é necessário intensificar a industrialização dos produtos primários que hoje são produzidos em MT e exportados com pouco ou nenhum beneficiamento. “Somos grandes produtores de soja, milho, algodão, mas precisamos reduzir a exportação desses produtos e aumentar a agregação de valor aqui, para exportar produtos mais elaborados e aumentar a riqueza e a distribuição de renda em nosso Estado”, defendeu.
A primeira suplente de Fávaro, Margaretth Buzetti, é empresária da indústria e presidente licenciada da Aedic. Ela destacou a necessidade de ter representantes do setor produtivo no Senado defendendo as pautas do segmento. Segundo ela, ao incrementar a produção, consequência é a geração de emprego e renda, especialmente neste momento em que o Brasil registra 14 milhões de desempregados formais.
Segundo Fávaro, por estar distante dos mercados consumidores e ter poucos habitantes, Mato Grosso precisa reduzir o custo do transporte, por exemplo. Para isso, garantir que os projetos das novas ferrovias saiam do papel é a prioridade. “Hoje temos três projetos de ferrovias para Mato Grosso – porém, para que saiam do papel, ainda há muito a ser feito. No caso da extensão da Ferronorte de Rondonópolis a Lucas, passando por Cuiabá, é preciso antes aprovar um projeto de lei que está no Senado e que eu já solicitei que seja colocado em pauta o quanto antes, em apoio ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas”, explicou o senador.
O presidente em exercício da entidade, Domingos Kennedy Garcia Sales, apontou que o setor tem duas grandes expectativas em relação ao Congresso Nacional: a reforma administrativa e a reforma tributária. “Fazemos um apelo ao senador, não pode haver no Brasil um novo imposto estilo CMPF ou nenhum novo imposto. Os empresários já não têm mais condições de arcar com aumento de carga tributária”, ressaltou, lembrando que a conta sempre é paga pela população.
Fávaro manifestou compreensão com a preocupação de todos com relação à reforma tributária. “Vamos aprovar uma reforma que simplifique a vida dos empreendedores e dos cidadãos em geral, mas sem aumentar a carga tributária e sem permitir que Mato Grosso perca competitividade em função das alíquotas. Se alguma proposta no sentido de aumentar os impostos chegar aos parlamentares não tem nenhuma chance de aprovação”, garantiu.
