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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Criação de União das Faculdades Católicas amplia opções de curso superior em Mato Grosso

Foto: Reprodução

Criação de União das Faculdades Católicas amplia opções de curso superior em Mato Grosso
O tema educação católica tem ocupado posição central na fala do Papa Francisco como uma proposta de esperança para os tempos atuais, um caminho para a construção do bem comum e da paz. Mas é importante que ela seja inclusiva e chegue às mais diferentes regiões, compreendendo e respeitando as características e as necessidades de cada lugar e de cada povo. É isto que norteia o projeto de expansão iniciado com a recente criação da União das Faculdades Católicas de Mato Grosso (UNIFACC-MT).


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Nascida a partir da Faculdade Católica de Mato Grosso (FACC-MT), inicialmente denominada SEDAC (Studium Eclesiástico Dom Aquino Corrêa), em homenagem ao grande bispo de Cuiabá, que iniciou as atividades em 1999, como um centro de educação para a formação do clero regional da CNBB, a instituição chega para cobrir uma lacuna.

Ainda que seja um dos mais católicos do país, Mato Grosso ainda não possuía uma grande instituição de ensino superior com tal orientação, a exemplo do que ocorre hoje nos grandes centros e nas principais cidades do mundo.

Seguindo exemplos dentro do próprio país, como os da União Brasileira de Educação Católica (UBEC) e da Universidades Jesuítas (UNIJES), a UNIFACC-MT tomou corpo com a aquisição de outras instituições cujos propósitos e missões se alinhavam com os da FACC-MT. 

Além desta, então, passaram a integrar a União a Faculdade Cuiabá (FAUC, de Cuiabá), a Faculdade Cândido Rondon (FCR, de Cuiabá) e a Faculdades Integradas Desembargador Sávio Brandão (FAUSB, de Várzea Grande).

Dessa forma, a UNIFACC-MT passa a oferecer mais de 10 cursos de graduação na área de humanas. O processo de transição já foi iniciado, informa o padre Ms. Edson Sestari, diretor geral da instituição, e o primeiro reflexo será a incorporação nesses espaços de alguns serviços adicionais. 

Um deles é a criação de um polo de educação a distância em parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB), outro é a oferta de pós-graduações. “Serão seis programas de mestrado e quatro de doutorado que estamos oferecendo. Já é um serviço imediato”, destaca.

Mais do que simplesmente adequar as estruturas para atender as exigências do Ministério da Educação, salienta padre Edson, a ideia é criar um espaço humanizado para o trabalho pedagógico. 

“Queremos modernizar, atualizar toda a estrutura curricular com cursos mais atrativos, com matrizes curriculares mais flexíveis para atender as demandas. Ampliar os serviços de extensão, que são serviços que prestamos à comunidade, ampliar a oferta de especializações e, também, os projetos que temos em parceria”, elenca. 

São parcerias internacionais com a Universidade de Salamanca e com a Faculdade de Granada, atualmente parte da Universidade Loyola de Andaluzia na Espanha, que permitirão intercâmbios, cursos com certificação internacional e a criação de um centro de idiomas, acrescenta o diretor.

O consultor institucional César Winck salienta que, além da prestação de serviços de Psicologia, dos núcleos de prática jurídica, dos laboratórios disponíveis, o objetivo é ampliar a atenção à comunidade em todas as faculdades. Além disso, segundo ele, novos cursos de graduação começaram a ser pensados já para 2021, como por exemplo o de tecnólogo de Design de Moda.

Estão avançados também os trâmites para a atuação no Norte do estado. “Temos um projeto pronto, inclusive com portaria já emitida pela mantenedora, da Católica da Amazônia, em Sinop. Já houve uma série de reuniões e em novembro continuaremos as discussões. Estamos dependendo de um espaço na cidade e este será o tema dos próximos encontros. Há inclusive uma lista de cursos escolhidos. O diálogo está bastante avançado”, garante pe. Edson Sestari.

O coordenador do curso de Filosofia, pe.dr. Rosimar José de Lima Dias, analisa que com o advento da UNIFACC-MT a tradição de ensino católico se fortalece em Mato Grosso. “Nós, enquanto tradição, fomos aqueles que iniciaram as universidades no passado. Mato Grosso estava tímido na educação católica de nível superior. Então, sair de 4 ou 5 cursos de graduação para mais de 10 cursos com a tradição católica de ensino marca uma presença significativa tanto nesses polos onde já estamos presentes como será daqui a pouco em dez localidades diferentes do estado onde planejamos atuar”, projeta.

Pe. Rosimar lembra que esse esforço de expansão nasce a partir também do apelo do Papa Francisco e das discussões realizadas no âmbito do Sínodo da Amazônia. “Parte da necessidade de servirmos esses povos amazônicos com oportunidades na área da educação. Boa parte dessas unidades estarão servindo também para essas pessoas. Ajudando-as a construírem o protagonismo de sua própria história, de sua própria realidade, de sua vida”, enfatiza.

De acordo com pe. Edson, há dois documentos da Igreja Católica que são importantes para um entendimento sobre o projeto de expansão. Um deles é a “Veritatis Gaudium” (alegria da verdade), em que o Papa propõe um desafio para que a Igreja vá ao encontro das pessoas que mais precisam de educação.

“A expansão do ponto de vista macro está dentro desse contexto e, também, do que o padre Rosimar citou, do Sínodo da Amazônia. É onde o Papa pede projetos ousados e que de fato atendam a essa demanda. Projetos que sejam autóctones e não se baseiam na importação de cases educacionais formatados para outros lugares. Que nós consigamos desenvolver um projeto regional, localizado, e superar a mentalidade do colonizado ou de neocolonizado”, finaliza o diretor geral.
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