Antes de entrar no debate realizado na noite da última quinta-feira (22), o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB), candidato à Prefeitura de Várzea Grande, não mediu as palavras ao falar sobre a atual gestão, principalmente em relação à situação da água na cidade. Segundo ele, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) é, atualmente, um “cabidal de indicações políticas”, e o poder público nunca voltou a atenção à situação porque, como está ‘debaixo da terra’, não geraria placas com seus nomes.

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Segundo o candidato, há diversos programas do Governo Federal que poderiam ter subsidiado os avanços no saneamento básico da cidade, mas não houve interesse “O PAC, por exemplo, foi perdido. Era um programa do Governo Federal, se perdeu saneamento de esgoto e água porque a administração municipal não cuidou, não priorizou, não elaborou projeto. Então com uma equipe técnica, com articulação política, a gente tem tudo para garantir que esses recursos, ao invés de ir para outros lugares, venham para Várzea Grande”, garantiu.

Emanuelzinho ainda afirmou que a situação da água nunca foi priorizada pela atual gestão. “Temos que enxergar porque nunca fizeram, nunca priorizaram. Porque a água está debaixo da terra. A visão tradicional de política é o compromisso com as obras, com a placa inaugurada. Então como é uma obra debaixo da terra nunca priorizaram. E a nossa diferença é que eu estou preocupado não com a placa, mas com o serviço chegando até a pessoa, com a água chegando com regularidade. Então nós vamos primeiro blindar o DAE com cargos técnicos, o DAE é deficitário, com cabide de empregos, cabidal de indicações políticas. Nós vamos colocar engenheiros e pessoas que sabem como fazer a água sair da estação de tratamento até a residência das pessoas”.

Para resolver o problema, o candidato afirmou que, caso eleito, criará um novo ponto de captação e Estação de Tratamento de Água na região do Chapéu do Sol, onde o rio é mais limpo. Esta ETA seria ligada a um reservatório na região do São Matheus, que tem altitude maior que o resto da cidade, o que diminui o gasto com energia elétrica para bombear a água. Os recursos economizados na energia elétrica seriam investidos na nova ETA e também na antiga, além de garantir a conclusão da licitação na ETA do Cristo Rei.