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Sábado, 20 de abril de 2024

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“Jamais poderemos ter a Bele de volta”, diz mãe de adolescente morta pela amiga

Foto: Reprodução

“Jamais poderemos ter a Bele de volta”, diz mãe de adolescente morta pela amiga
Patrícia Helen Guimarães Ramos, mãe de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, assassinada no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá, em 12 de julho do ano passado, se posicionou após a detenção da amiga condenada pela morte da adolescente. “Ao tomar conhecimento da sentença ontem, deixei escapar um suspiro dolorido que estava me angustiando e ancorando minha vida e do meu filho em um martírio de sofrimento e de muito pranto”, disse em nota.


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A empresária pontuou que a Justiça foi assertiva ao descrever a conduta da adolescente apreendida. “Descreveu perfeitamente o enredo baseado em perícias técnicas e listou de forma clara e objetiva a conduta criminosa, fria, hostil e desumana, da menor que assassinou a minha filha cruelmente, não se deixando levar pela farsa que desde o primeiro momento a família da menor infratora insistiu em montar para encobrir a crueldade do assassinato da minha filha”.

Patrícia acrescentou também que Isabele foi a vítima do episódio. “Quero registrar e lembrar a todos que foi a minha filha a vítima, em especial para o pai da assassina, que tem insistentemente tentando fazer acreditar que eles são os inocentes, perseguidos e “ameaçados”. Talvez ontem, ele deve ter olhado para a cama vazia da filha e sentido a falta dela, mas, vai ao final poder conviver com ela novamente, eu não! Meu filho não! A minha família não! Jamais poderemos ter a Bele de volta para podermos amá-la e vê-la crescer! Nosso luto e luta serão eternos! ”.

Patrícia acredita que a circulação das armas entre os familiares facilitou a morte de Isabele. “Sei que a assassina não apertou o gatilho da arma que ceifou a vida da Bele sozinha, esse crime começou bem antes quando a arma rodou pela cidade, nas mãos de outro menor, que como visto nas mídias sociais costumava sair armado, pasmem, esse menor levava a arma para a escola, na mochila junto com biscoitos!! Então não foi só uma ocasião como alegaram sendo um descuido, era uma conduta corriqueira, contumaz, sair de casa pela cidade, na escola, supermercados e outros lugares com a arma na mochila e posar de xerife nas fotos”.

“As cenas e imagens já publicadas mostram exatamente a veneração do culto às armas pelas famílias envolvidas nesse crime, penso que essa tragédia anunciada poderia ter ocorrido com qualquer dos jovens frequentadores da casa dessas famílias, mas, espero e tenho esperança que possamos todos como sociedade enfrentar esta lei que permite adolescentes que não podem ser responsabilizados por seus atos, a frequentarem escolas de tiros e manusearem armas letais”, finalizou.
 
Veja a nota na íntegra:

*NOTA * 
Ao tomar conhecimento da sentença ontem, deixei escapar um suspiro dolorido que estava me angustiando e ancorando minha vida e do meu filho em um martírio de sofrimento e de muito pranto.

A justiça foi assertiva e descreveu perfeitamente o enredo baseado em perícias técnicas e listou de forma clara e objetiva a conduta criminosa, fria, hostil e desumana, da menor que assassinou a minha filha cruelmente, não se deixando levar pela farsa que desde o primeiro momento a família da menor infratora insistiu em montar para encobrir a crueldade do assassinato da minha filha.

Quero registrar e lembrar a todos que foi a minha filha a VÍTIMA, em especial para o pai da assassina, que tem insistentemente tentando fazer acreditar que eles são os inocentes, perseguidos e “ameaçados”. Talvez ontem, ele deve ter olhado para a cama vazia da filha e sentido a falta dela, MAS, vai ao final poder conviver com ela novamente, EU NÃO! MEU FILHO NÃO! A MINHA FAMÍLIA NÃO! Jamais poderemos ter a Bele de volta para podermos amá-la e vê-la crescer! Nosso luto e luta serão eternos!

Mas, sei que a assassina não apertou o gatilho da arma que ceifou a vida da Bele sozinha, esse crime começou bem antes quando a arma rodou pela cidade, nas mãos de outro menor, que como visto nas mídias sociais costumava sair armado, pasmem, esse menor levava a arma para a escola, na mochila junto com biscoitos!! Então não foi só uma ocasião como alegaram sendo um descuido, era uma conduta corriqueira, contumaz, sair de casa pela cidade, na escola, supermercados e outros lugares com a arma na mochila e posar de xerife nas fotos.

E quando este menor chegou na casa da família da assassina naquele dia fatídico, as armas que ele trazia foram exibidas e passadas de mãos em mãos, com a permissão e participação irresponsável dos Pais da assassina, mesmo sabendo da presença de outros adolescentes que não eram da família!

Lamento muito o fato de nossa sociedade estar convivendo com essa insanidade relapsa que coloca o poder de tirar vidas, com requinte cruel e covarde, nas mãos de menores, demonstrando como está errado o trato e a posse de armas no nosso país. 
As cenas e imagens já publicadas mostram exatamente a veneração do culto às armas pelas famílias envolvidas nesse crime, penso que essa tragédia anunciada poderia ter ocorrido com qualquer dos jovens frequentadores da casa dessas famílias, mas, espero e tenho esperança que possamos todos como sociedade enfrentar esta lei que  permite adolescentes que não podem ser responsabilizados por seus atos, a frequentarem escolas de tiros e manusearem armas letais!

Patrícia Helen Guimarães Ramos

 
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