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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Depois de receber denúncias, Edna Sampaio requer lista de vacinados e questiona possível “fura-filas”

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Depois de receber denúncias, Edna Sampaio requer lista de vacinados e questiona possível “fura-filas”
A vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), depois de ter recebido denúncia de que profissionais da saúde e de limpeza que atuam em UTIs de hospitais que atendem pacientes Covid-19 não foram vacinados, vai requerer à Secretaria Municipal de Saúde, em caráter de urgência, informações nominais sobre os trabalhadores dos setores que já foram vacinados contra a doença e os que agendaram vacinação, na Capital.

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O protocolo será nesta manhã de quinta-feira (21). No documento, a parlamentar ressalta que na denúncia deixa claro que existe um possível direcionamento de doses para funcionários administrativos.

Na terça-feira (19), Cuiabá recebeu pouco mais de 8 mil doses de vacina Coronavac e espera receber igual número em até duas semanas, totalizando 16 mil doses, o suficiente para vacinar apenas 8 mil pessoas.

No documento, ela cita funcionários do setor administrativo de unidades de saúde que “estariam sendo priorizados em detrimento da equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes de limpeza das unidades com altíssimo risco de contaminação”, critica o “fura-fila” e pede transparência.

A vereadora tem cobrado do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e do governador Mauro Mendes (DEM) a compra direta das vacinas junto aos laboratórios.

Live

Nesta quinta-feira, às 19 h., a parlamentar fará uma transmissão ao vivo em sua página do Facebook com a presença da coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Valéria de Oliveira, e dos médicos Cor Jesus Fernandes e Francisco Souto, que participam do ensaio clínico coordenado pelo Instituto Butantan para testar a eficácia da vacina Coronavac.

“Não dá para ficar esperando pelo governo Bolsonaro que, desde o princípio, fez zombaria com a Covid e encontrou mil formas de hostilizar parceiros internacionais. A consequência é o Brasil ficar na lanterninha da fila para vacinação podendo inclusive não conseguir vacinar sua população ainda este ano. Não dá para lavar as mãos e atribuir exclusivamente a responsabilidade a quem não assume a responsabilidade, que é o governo federal”.

A vereadora deve participar de uma carreata de mobilização pelo impeachment de Bolsonaro, que acontece no próximo sábado (23), às 9 horas, saindo da Universidade Federal de Mato Grosso. Segundo ela, as dificuldades enfrentadas pelo governo brasileiro para adquirir a vacina são consequência da política de relações internacionais “desastrosa”.

“Há a grande preocupação em saber que o Brasil está tendo muitos problemas para adquirir a vacina, resultado, inclusive, da sua desastrosa política de relações internacionais, uma diplomacia que não consegue estabelecer as relações com o mercado internacional, com os outros países.  E essa consequência chega até nós aqui em Cuiabá”.

Ela vai lançar também a campanha “Vacinação para tod@s”, com o objetivo de pressionar o executivo.

Parecer

A parlamentar encaminhará à secretária um parecer elaborado pelo grupo de trabalho Saúde/Vacina já, que compõe seu mandato, com quem ela se reuniu na noite desta quarta (20).

Na avaliação do grupo (formado por militantes, docentes e profissionais da saúde), o plano é meramente técnico, muito genérico, falta detalhamento sobre os grupos prioritários e mecanismos de transparência na disponibilização de dados sobre os pacientes vacinados, o que facilitaria o controle social.

Também falta a posição política da Prefeitura sobre os problemas que cercam a imunização. “É tecnicamente muito alinhado com o que o Ministério da Saúde apresentou no plano nacional. Parece que está tudo certo, a vacina vai chegar sem nenhum problema”, opinou uma das integrantes do GT, a assistente social Márcia Campos.

Dados

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, em Cuiabá o grupo prioritário para vacinação totaliza 125 mil pessoas, entre elas 21,4 mil profissionais de saúde; 8,4 mil idosos acima de 80 anos; 7,8 mil idosos entre 75 e 79 anos; 13 mil entre 70 e 74 anos; 19 mil entre 65 e 69 anos e 27 mil entre 60 e 64 anos.

Também fazem parte do grupo prioritário indígenas aldeados, comunidades tradicionais, pacientes com comorbidades e transplantados, trabalhadores da educação, pessoas com deficiência, trabalhadores de unidades prisionais e pessoas privadas de liberdade e trabalhadores do transporte coletivo.
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