A deputada estadual Janaina Riva (MDB) é contra  o veto do Governo do Estado ao projeto eu concede a Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores do Tribunal de Justiça. Segundo ela, a defasagem salarial dos servidores já ultrapassa os 20% e, em breve, eles irão ‘competir’ pelos serviços públicos de saúde e educação com a população mais carente.

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“Eu acho que é um direito do servidor do tribunal. Se existe a vontade, a vontade já foi manifestada quando enviaram para a Assembleia um projeto do presidente do Tribunal de Justiça no qual ele concedia RGA, eu acredito que nós tenhamos sim que conceder o RGA do poder judiciário, e a gente tem que se atentar para essa situação do RGA porque as coisas estão subindo de preço de forma absurda”, declarou a deputada, em entrevista à rádio CBN na manhã desta quinta-feira (28).

Janaina explicou que, embora as pessoas achem que o RGA seja um “aumento de salário”, ele é apenas a correção inflacionária. “Tudo está mais caro. As escolas que estavam fechadas durante toda a pandemia aumentaram 5%. Então quer dizer, se você quiser manter uma estrutura, que a maioria dos servidores públicos tem plano de saúde, tem filho em escola particular, quer dizer... nós vamos acabar sobrecarregando o sistema público se a gente não entender que de fato a RGA não foi criada como um bônus para o servidor, como um benefício. Ela foi criada para ser uma correção inflacionária para que não defase tanto o salário ao ponto de ele [servidor] passar novamente a ser um “cliente”, vamos dizer assim, do Estado, como é o caso da população carente do nosso estado, que esse sim depende, de fato, do sistema SUS, das escolas públicas, então essa é uma preocupação que eu tenho”, completou a deputada.

Segundo a parlamentar, atualmente a defasagem salarial dos servidores passa dos 20%, e corre o risco de aumentar se não for pago o RGA. “O servidor que há dez anos ganhava R$ 10 mil, hoje ele ganha os mesmos 10, mas tem valor de R$ 8 mil, então é isso que está acontecendo com os nossos servidores públicos e com isso aumenta o endividamento do funcionalismo público no Estado”, finalizou.