O deputado estadual João Batista (PROS) reclamou da postura do vice-presidente, o sindicalista Oscalino Lopes (PROS) dentro da sigla. Segundo ele, houve falta de respeito, e tanto o sindicalista quanto outros que não sabem ‘respeitar o conjunto partidário’ deveriam procurar outro lugar. Oscarlino rebateu a fala, dizendo que não recebeu nenhum documento pedindo sua desfiliação, e ‘quem estiver insatisfeito’ deveria fazê-lo ou mesmo sair, também, do partido.
Leia também:
Max Russi defende vacinação de professores, frentistas e atendentes de mercado
A briga dentro do PROS começou quando o partido decidiu apoiar o candidato derrotado Abílio Junior (PODE) no segundo turno das eleições municipais de 2020. Na ocasião, Gisela e João Batista ficaram com Abílio, enquanto Oscarlino não gostou, e declarou apoio ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que foi reeleito.
Questionado sobre a relação de Gisela com os membros do partido após essa aproximação com Abílio, João Batista afirmou que o mais importante é que a candidata derrotada tenha uma boa relação com o presidente da sigla, que é ele. “Em todos os partidos existem suas divergências internas, o que não pode acontecer é a falta de respeito que a gente viu de alguns membros do partido, que aliás estão totalmente deslocados no partido, que para mim era melhor que procurasse outro lugar. Se eles não sabem tratar uma questão dessa natureza com respeito ao outro, então é melhor que não fique. Para ele e para qualquer outro que não souber respeitar o conjunto de partidários”, afirmou.
Oscarlino, por sua vez, reclamou da forma como foi tomada essa decisão de apoio a Abílio. “A decisão que foi tomada pelo candidato Abílio não foi tomada de forma estruturada como manda o diretório municipal. Não teve liberação. Houve uma votação dos candidatos a vereadores, 20 candidatos a vereadores, embaixo da mangueira, inclusive 14 candidatos que não tiveram nem cem votos, não tinha expressão para poder fazer uma expressão dessa”, lamentou.
Sobre a fala do presidente do partido, sugerindo sua saída, o sindicalista se mostrou surpreso. “Eu fico surpreso com esse tipo de colocação dele, já que inclusive lidera uma ala de sindicalistas dentro do partido. E eu não recebi nenhum documento formal do partido. A candidata que eu carreguei a bandeira, desde o dia 15 de novembro ela não fala comigo. Agora ela falou com o candidato Emanuel Pinheiro no dia 17 de novembro. Se era tão ruim assim, porque ela tratou de transição e apoio com o candidato Emanuel Pinheiro e o candidato Abílio? A decisão pelo candidato Abílio, inclusive, implodiu ela politicamente. Gastou todo o capital político dela”, disparou.
Oscarlino ainda afirmou que Gisela é um bom nome eleitoral. “Ela tem ficha limpa, uma pessoa muito boa, servidora pública, um nome defensável. Um nome fácil. Só que infelizmente aconteceu esse percalço durante a eleição e vou aguardar o momento adequado para decidir se permaneço no PROS ou vou para outra sigla partidária, e quem não tiver satisfeito, que mande um documento e que também tenha o mesmo caminho, que possa sair do partido”, finalizou.
