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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Abriram contas

‘Central de golpes’ falsificou documentos de oito delegados, quatro oficiais da PM e dois professores

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

‘Central de golpes’ falsificou documentos de oito delegados, quatro oficiais da PM e dois professores
O escritório utilizado para a prática de estelionatos, descoberto pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, na quarta-feira (10), tinha documentos falsificados de diversos delegados, oficiais da Polícia Militar, professores do Estado, entre vários outros servidores. Em poder deles, os bandidos abriram diversas contas e conseguiram angariar bastante quantidade em dinheiro.


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Foram alvos dos criminosos: oito delegados; quatro tenentes-coronéis da Polícia Militar; dois professores da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat); perito da Politec; auditor fiscal do Estado; investigador de polícia e outros. O nome das vítimas não foi divulgado pela polícia.
 
Os criminosos conseguiram abrir diversas contas com os documentos falsos, o que foi facilitado pelo advento da pandemia do novo coronavírus, já que os bancos estão aceitando novos clientes pela internet, o que dificulta uma verificação minuciosa.
 
Para que se tenha uma ideia do tamanho do esquema, apenas uma das pessoas teve quatro contas abertas em seu nome e os criminosos gastaram R$ 12 mil, estourando o seu limite. “Vamos ouvir todas as vítimas até para elas terem ciência. Muitos só vão saber quando o nome tiver negativado. É uma investigação complexa, depende de quebras de sigilo, requisições para órgãos”, disse ao Olhar Direto o delegado titular da Derf, Guilherme Bertoli.
 
Ainda conforme o delegado, os criminosos tinham conhecimento de quem eram as vítimas de seus golpes. “Viram que tinham um salário elevado, poder maior de compra. Cada vítima que teve o documento fraudado, tinha toda a checagem do score, que era alto. Eles tinham a base do salário, que tinham acesso em sites de transparência”.
 
“Em algumas pastas, além do nome, tinha o cargo das vítimas. Por ser um salário bom, tinham ciência do poderio de compra, análise do crédito e outras. Era tudo muito bem esquematizado”, acrescentou o delegado.
 
Descoberta
 
As diligências iniciaram após os policiais da Derf Cuiabá receberem denúncia sobre uma casa no bairro Pedregal, em Cuiabá, utilizada para prática de crimes. Segundo as informações, no local funcionava um escritório especializado em golpes cometidos através de site de compra e venda pela Internet (OLX).
 
Ainda de acordo com a denúncia, uma arma de fogo produto de roubo praticado contra um investigador da Polícia Civil estaria escondida na casa. Com base nas informações, os policiais foram até o endereço em local de difícil acesso, próximo ao córrego do barbado.
 
Ao perceber a presença dos policiais, o suspeito empreendeu fuga pelos fundos da residência.
 
No local, foi apreendido um notebook que estava aberto no site do Governo, cartões de créditos, além de vários documentos falsos emitidos em nome de autoridades do estado, entre delegados, investigadores, oficiais da Polícia Militar, auditores do estado e peritos da Politec.
 
O delegado titular da Derf, Guilherme Bertoli disse que o responsável pela residência já foi identificado e que as investigações continuam para prender o suspeito, assim como identificar outras pessoas envolvidas nos golpes.
 
“O inquérito policial será instaurado para identificar a associação criminosa em sua amplitude e para demais medidas judiciais cabíveis”, disse o delegado.
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