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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Como combater a ferrugem asiática na soja

Foto: Portal Syngenta

Como combater a ferrugem asiática na soja
Doença é apontada como a que mais prejuízos causa à cultura de soja, podendo levar a perdas de até 90% da produção

 
O Brasil é um dos principais produtores de soja no mundo atualmente. A produção para a safra de grãos 2020/2021 é estimada em 133,7 milhões de toneladas, algo importante para alimentar e suprir a necessidade de outras nações, como a China, e também para ajudar a economia do país, que hoje é dependente do produto e de sua comercialização.

A produção de soja, no entanto, pode ser prejudicada a partir de um problema muito comum nas plantações. A ferrugem asiática é um dos maiores males entre produtores e, se não for tratado da maneira correta, pode trazer graves percalços. 

A ferrugem asiática da soja é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Atualmente, o fungo é considerado uma das doenças de maior importância da cultura da soja, já que tem potencial de perda considerado relevante pelos especialistas. O fungo se desenvolveu na Ásia, mas já conseguiu alcançar outras regiões do mundo, como Oceania e América do Sul.

A ferrugem asiática foi relatada pela primeira vez no Japão, em 1903. Posteriormente, em 1934, foi constatada em outros países da Ásia e na Austrália, na Índia em 1951 e no Havaí em 1994. No Continente Africano, foi detectada em países como Zâmbia, Zimbábue e Nigéria. Na América do Sul surgiu em 2001, infectando campos no Paraguai e, posteriormente, na Argentina. Em 2004, o fungo foi encontrado na produção dos Estados Unidos.

No Brasil, a doença foi encontrada no final da safra de 2000/2001, no estado do Paraná, e vem aumentando sua área de ocorrência a cada ano, disseminando-se rapidamente para outros estados do Brasil. Já foram relatados casos em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, com prejuízos significativos nas regiões produtoras.

A severidade da doença está em função das variações nas condições do ambiente, de ano para ano, estação para estação e de local para local. A concentração inicial de inóculo não reflete na severidade da doença. Cultivares resistentes ou tolerantes sofrem quedas de produção bem menores do que as suscetíveis, porém a resistência genética pode ser perdida com o tempo. Além disso, as cultivares resistentes não são necessariamente as mais produtivas.

Mas existem alternativas para evitar que a ferrugem asiática possa comprometer a produção de soja. Uma dessas opções é a de respeitar o calendário climático e produzir o grão precocemente. Especialistas em manejo do solo afirmam que realizar a semeadura tardia pode facilitar o desenvolvimento da doença mais cedo e a necessidade de aplicações de fungicidas.

Nesse sentido, a calendarização da semeadura é imprescindível para a diminuição da aplicação de fungicidas. Outro fator importante diz respeito ao vazio sanitário, que é o espaço de 60 a 90 dias em que a cultura da soja não é realizada. O período sem o plantio ajuda a reduzir a incidência de fungos, já que a bactéria se hospeda somente em plantas vivas.

Também é preciso estar sempre atento ao monitoramento da lavoura, para que o produtor reconheça os potenciais agentes ameaçadores para a soja. Via de regra, o produtor deve observar a folhagem superior, em busca de pontos escurecidos.
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