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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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BRIGA PELO MODAL

Presidente de comitê rebate Rogério Gallo e aponta que BRT pode custar mais

Foto: Davi Vale - Secom Cuiabá

Presidente de comitê rebate Rogério Gallo e aponta que BRT pode custar mais
O secretário de Meio Ambiente de Cuiabá e Presidente do Comitê de Análise Técnica para Definição do Modal de Transporte Público da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, Juares Samaniego, rechaçou a fala do secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, que classificou como politicagem o posicionamento do prefeito, Emanuel Pinheiro em favor de um plebiscito para a tomada de decisão sobre o melhor modal de transporte público para Cuiabá e Várzea Grande.


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Para Juares, é urgente que dados reais sejam apresentados e que o Governo do Estado pare de agir com manipulação, como por exemplo, com relação ao tempo de vida útil dos modais em discussão.

“O secretário Gallo, talvez entenda de finanças ou como procurador de leis, e não como técnico para discutir um modal de transporte para Cuiabá. Não estamos fazendo politicagem. O gestor público, tanto estadual quanto municipal tem que mostrar para a população quais as vantagens dos modais. Hoje mesmo o próprio secretário já disse que é VLP. Ora, é BRT ou VLP ? Vocês estão deixando a população confusa”, pontuou o presidente do Comitê.

Samaniego avalia que o papel de um gestor que assume uma administração pública após ser escolhido por meio de voto popular é dar continuidade às obras que estão em andamento. Para ele, "símbolo da corrupção e do descaso com o dinheiro público será jogar no lixo pouco mais de um bilhão do VLT". 

"O prefeito Emanuel quando assumiu a obra do Novo Pronto Socorro, por mais que tivesse apenas o alicerce, foi lá e construiu o maior hospital do Mato Grosso, o HMC. Agora, o Governo do Estado tem a obra do VLT aí, praticamente com todo recurso disponível para concluir o modal, e não tá dando conta do recado. Pelo mundo é símbolo de modernidade e em várias cidades do Brasil existe o VLT e com passagens baratas", disse.

Os estudos fixaram o valor de cerca de R$ 461 milhões para que o VLT seja finalizado em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com Samaniego, em apenas um parâmetro comparativo que a equipe técnica do Comitê se debruçou para analisar, com base nas informações superficiais divulgadas pelo Governo do Estado, já se pode constatar que o VLT possui vantagem sobre o BRT.

Os levantamentos até o momento puderam apontar que, mesmo considerando o valor apresentado pelo Estado de Mato Grosso de R$ 753 milhões para finalizar o VLT e o valor de R$ 400 milhões para a finalização do BRT, a escolha pelo primeiro é mais vantajosa, quando considerado o tempo útil do modal em Cuiabá, visto que o BRT é um modal projetado para comportar a demanda dos próximos 10 anos, enquanto o VLT deve operar pelos próximos 30 anos.

Em um cálculo rápido, para alcançar o tempo de vida útil do VLT, seria necessário aumentar a frota do BRT duas vezes, gerando então um gasto final para os próximos 30 anos de R$ 1,2 bilhões, contra os ditos R$ 753 milhões do VLT.

Samaniego ainda levanta questionamentos quanto a alimentação energética do BRT apresentado pela atual gestão estadual. Segundo os documentos divulgados, ele seria movido a bateria de lítio, o que suscita a dúvida sobre como elas seriam recarregadas.

Outro apontamento, é sobre o valor total de R$ 35 milhões para a compra dos 55 ônibus articulados, já que os mesmos veículos foram adquiridos recentemente pela administração pública do município de São José dos Campos, em São Paulo, por R$ 2,8 milhões, o que daria mais de R$ 120 milhões para a frota anunciada em Cuiabá.

Quanto ao valor da tarifa dos dois modais, o presidente do Comitê explica que não há como mensurar valores sem projeto, mas que os preços devem ser equivalentes, pois o transporte público é subsidiado pelo poder público. O que pode variar é o valor do subsídio, que vai depender também das cláusulas contratuais das concessões. O VLT possui 90% dos projetos finalizados e quase 60% das obras concluídas, com investimento já realizado na casa de R$ 1 bilhão de reais.

Para o gestor, o governador Mauro Mendes e um "grupinho" de empresários não podem ter o pleno poder de decisão sobre um assunto que interessa a população de dois municípios. "Um pessoal que nunca andou de ônibus, não deve decidir como a maioria da população irá se locomover. É um absurdo isso", criticou.

Para o secretário, a postura do governador em decidir sozinho pela troca de modal não foi vista com bons olhos até mesmo por seus aliados. "O governador está se perdendo no mandato. Algumas pessoas próximas a ele, já começam a dizer que ele só quer comunicar sua decisão e não ouvir opinião de ninguém", disse o presidente do Comitê ao defender o "Plebiscito Já".
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