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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Na mira da DHPP

Polícia Civil investiga ‘grupo de justiceiros’ responsável por executar ex-presidiários

Foto: Reprodução

Polícia Civil investiga ‘grupo de justiceiros’ responsável por executar ex-presidiários
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Judiciária Civil, investiga um ‘grupo de justiceiros’ que seria responsável por pelo menos três execuções de ex-presidiários na Grande Cuiabá. Com armas de ponta e modo de agir bastante profissional, eles foram responsáveis por matar um homem à distância, de dentro de um carro, em cima do sofá de uma casa.


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Por enquanto, o delegado Caio Fernandes Alvares de Albuquerque, responsável por presidir o inquérito, conseguiu elencar três homicídios que podem estar relacionados com o mesmo grupo.
 
“Desde o ano passado, temos verificado ocorrências que tem uma forma diferente de execução. É algo mais profissional, principalmente no forma da abordagem. Algo que diverge um pouco de execuções feitas por facções criminosas, por exemplo, onde são um pouco mais descuidados e a autoria logo é descoberta”, pontuou o delegado ao Olhar Direto.

A última ação que teria sido executada pelo grupo aconteceu no dia 06 de fevereiro, no bairro Santa Izabel, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), quando Julio Cesar Borges de Oliveira, 32 anos, foi morto no sofá da sua casa.
 
O detalhe é que o criminoso que atirou em Julio Cesar estava em um carro, estacionado do outro lado da rua, a pelo menos 20 metros de onde a vítima estava. “Tivemos acesso às imagens e é nítido que é algo profissional. Você vê que os disparos saíram do interior do veículo que estava parado. Provavelmente, tiveram o emprego de uma arma de longa distância, com algum acessório para facilitar a visibilidade da vítima dentro da casa e outro para abafar o som”, pontua o delegado.
 
Outro crime que poderia ter relação com o grupo é a morte de Aclídes Marcelo Gomes, conhecido como “Menino Mau”. Ele foi executado no dia 08 de novembro, em uma residência no Bairro Lixeira, em Cuiabá. Aclídes possuía em sua ficha criminal diversos homicídios, entre eles os da "chacina dos Altos da Serra", onde matou seis pessoas.
 
De acordo com informações da Polícia Militar, três homens encapuzados e armados entraram na residência onde estava Aclídes e sua companheira por volta das 20h30 de hoje (8). Os bandidos deram ordem para que a mulher fechasse os olhos e então executaram a vítima na frente dela.
 
“Não estamos nominando este grupo. Os indícios estão nos mostrando que são ocorrências diferentes das que atendemos normalmente e que podem ter alguma relação. O inquérito está em andamento na DHPP para que a gente possa chegar aos autores destas execuções. Por enquanto, não dá para dizer ainda que é o mesmo grupo o responsável pelas três mortes ou a quantidade de pessoas envolvidas”, pontuou o delegado.
 
A suspeita é que o grupo possa ter pelo menos cinco pessoas, já que em um dos crimes testemunhas apontaram este número de suspeitos na cena do homicídio. Porém, em algumas das execuções, foram vistos apenas quatro e em outra duas pessoas.
 
O inquérito segue correndo na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com acompanhamento do Ministério Público Estadual (MPE).
 
Mercenários
 
Os presos na ‘Operação Mercenários’, que teve a segunda fase deflagrada em fevereiro de 2017, eram responsáveis por cerca de 40% das mortes em Várzea Grande, segundo estimativa feita pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), à época.
 
Operação ‘Mercenários’ - Fase 1
 
A ‘Operação Mercenários’ prendeu 17 pessoas acusadas de formar um suposto ‘grupo de extermínio’. Entre os detidos estão seis policiais militares e seis vigilantes. Ao todo, eles teriam participado de ao menos cinco homicídios entre os meses de março e abril de 2016.
 
A maioria das ordens de prisão foram cumpridas no bairro Cristo Rei, alvo de inúmeros crimes que possuem o mesmo modo de atuação, homens encapuzados que chegam em veículos e disparam. Normalmente, as vítimas são homens e com idade entre 18 e 25 anos e têm passagens pela polícia.
 
Operação 'Mercenários' - Fase 2
 
Policiais militares foram alvos da 2ª fase da Operação Mercenários. No total, foram cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 3 buscas domiciliares e 2 conduções coercitivas.
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