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COLAPSO À VISTA

Gilberto diz que leitos devem acabar nos próximos dias e Estado não terá capacidade de aumentar

01 Mar 2021 - 14:31

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

Foto: Mayke Toscano / Secom MT

Gilberto diz que leitos devem acabar nos próximos dias e Estado não terá capacidade de aumentar
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que a situação nos hospitais de Mato Grosso, que já é crítica, deve piorar nos próximos dias, chegando ao colapso do sistema de saúde. Segundo o gestor, os leitos de Unidade de Terapia Intensiva devem acabar, e o Estado só tem capacidade para abrir mais 50. Depois disso, todos os pacientes terão de ser atendidos em leitos de enfermaria.

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Nesta segunda-feira (1), o Governo abriu mais vinte leitos no Hospital Estadual Santa Casa. “Muito provavelmente ao longo do dia de hoje estes leitos adicionados vão se exaurir, face à demanda que estamos vendo no dia de hoje”, alertou Gilberto. Ainda segundo o secretário, neste momento a Covid-19 infecta principalmente os mais jovens.

“Infelizmente a Covid passa, nesse momento, a infectar pessoas mais jovens, principalmente aqueles que acharam que estava imunes e que poderiam ficar se locomovendo à vontade, participando das aglomerações. Além de eles correrem risco, o que já está comprovado, também estão infectando seus pais, seus avós, pessoas que têm mais comorbidades e que estão em casa. É importante frisar que como estamos falando de uma taxa de ocupação de leitos de UTI na ordem de quase 90%, nós estamos falando em quase 500 leitos de UTI que foram disponibilizados pelo governo de Mato Grosso exclusivamente para atendimento à Covid, e nós estamos falando também em um total do universo de 876 leitos de enfermaria. Nós temos no estado de Mato Grosso 1370 leitos cativos para atender especialmente um paciente infectado da Covid”, explicou.

Segundo Gilberto, este número é, proporcionalmente, o maior número de leitos criados pelos estados no Centro Oeste. Mesmo assim, a demanda ainda é maior. “O esforço que ainda temos para poder ampliar alguns leitos se resume a 50 leitos com perspectiva de abrir no estado, mas será mais lento por uma série de condicionantes. Falta profissional da saúde, falta equipamentos, falta instalações propícias, não pode ser numa sala qualquer. Daí a preocupação em restringirmos atualmente a mobilidade da população de forma a assegurar a capacidade hospitalar ao nível da demanda que vem”, lamentou.

Toda esta situação justifica as medidas restritivas mais ‘duras’ aplicadas pelo Governo do Estado. “Muito provavelmente nos próximos dias vamos chegar a exaurir a capacidade. Outra coisa que precisa ser entendida pela população é que o universo substancial de pessoas internadas em leitos de enfermaria pode evoluir para a necessidade de leito de UTI. Então em alguns dos nossos hospitais precisa ter vagas reservadas de UTI para aquele paciente que já está internado em leito de enfermaria. Isso piora um pouco, ainda, o cenário, e muito provavelmente daqui a pouco as pessoas vão ser atendidas exclusivamente em leitos de enfermaria, não vai haver mais a disposição de leitos de UTI para atender a população”, explicou Gilberto.

Segundo o secretário, a nova variante da Covid-19, mais contagiosa e provavelmente mais letal, também deve estar circulando em diversas cidades de Mato Grosso. “Já foi detectada a nova variante circulando em Cuiabá e Primavera do Leste. Os estudos feitos pelo governo Federal não abarcam amostras de todos os municípios, então muito provavelmente essas variantes já devem estar circulando também em outros municípios. Daí mostra o avanço dos casos de infecção neste momento. Essa variante tem 30 a 40% maior em capacidade de infecção. Ela também tem crescimento aproximado de 30 a 40% de óbitos, ou seja, ela é mais nociva e mais infectante. Daí a necessidade de a população atender o chamamento que estamos fazendo. Muitos poderão, neste momento, não dar valor a essa convocação, e não vão ter assistência hospitalar necessária para sobreviver”, acrescentou.
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