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TEMEM COLAPSO

Mauro e outros 12 governadores pedem a Bolsonaro compra imediata de medicamentos para intubação

19 Mar 2021 - 10:28

Da Redação - Airton Marques/Wesley Santiago

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Mauro e outros 12 governadores pedem a Bolsonaro compra imediata de medicamentos para intubação
O governador Mauro Mendes (DEM) é um dos 13 chefes de estado que assinam ofício encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao Ministério da Saúde, cobrando do governo federal providencias para a compra imediata de medicamentos do chamado “kit intubação”. Além disso, no documento protocolado nesta quinta-feira (18) os gestores pedem o apoio logístico das Forças Armadas Brasileiras (FAB) para a busca e distribuição dos insumos.


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De acordo com o Fórum Nacional dos Governadores, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) aponta que em 18 estados há falta de analgésicos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares, que compõem o tal kit.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que Mato Grosso não está nessa lista. Afirma que, neste momento, o abastecimento desses remédios está normal, não havendo queixas por parte dos fornecedores.

Acontece que a maioria das UTIs geridas pelo Estado é mantida por empresas terceirizadas em regime de pacote completo, com o fornecimento de pessoal, materiais e medicamentos. “Contudo, o governador apoiou a iniciativa de outros governadores, visto que há estados com estoques muito críticos e que necessitam do auxílio do Governo Federal”. 

Porém, em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, o secretário Gilberto Figueiredo, disse que a possibilidade é real, caso o cenário que está instalado atualmente no Estado não mude. 

"Empresas e hospitais encontram dificuldade de adquirir ou estão em preços altíssimos. É um problema nacional. Provisionamos, fizemos aquisição, mas se continuar crescendo isto, pode vir a ocorrer (desabastecimento). Quando falamos em colapso, não é apenas de leitos, é total, com a cadeia produtiva de tudo que é fornecido para área da saúde", disse Gilberto.

O secretário ainda pontuou que cada vez que se abre um leito novo de UTI, vem com ele um consumo adicional destes medicamentos, que são especialmente utilizados em pacientes intubados. "Se o consumo aumenta muito, a indústria não consegue abastecer e o preço aumenta".

A secretária municipal de Saúde, Ozenira Félix, disse que será terrível se este desabastecimento ocorrer em Cuiabá, mas que isto ainda não é uma realidade. "Tem medicamento e insumo para tratar nossos pacientes sem falta por enquanto. Temos para breve um carregamento chegando. O que parece é que tem uma portaria que o ministério pode confiscar tudo para não ter falta em nenhum estado. Os preços estão em alta. Não sabemos ainda como vai ser, se nossa carga vai chegar antes ou se o Ministério já pode confiscar. Acredito que será uma distribuição igualitária, o que pode gerar novas faltas em outras cidades".

"Nesse momento depende muito de número de pacientes, não consigo falar quantos dias temos de reserva. Até o presente momento temos medicamentos, insumos e oxigênio", finalizou.

O ofício

No ofício, os governadores pedem “a promoção de compras emergenciais, a serem realizadas intensivamente e de forma contínua pelo período mínimo de 60 dias, tanto no mercado interno e, se necessário, aquisições internacionais”.

Os líderes estaduais afirmam que em muitas regiões o estoque desses medicamentos deve durar no máximo até 20 dias. “Queremos é que se tenha mais do que um monitoramento, que se tenha medidas para aquisição, a nível nacional pelo Ministério da Saúde para distribuição aos estados e municípios, à rede hospitalar. Se for necessário, importação, combinado aqui com a indústria brasileira, também, poder garantir as condições de atendimento emergencial”.

Além de Mauro, o ofício é assinado pelo coordenador do Fórum, Wellington Dias (PT-PI), e os governadores Waldez Goes (PDT-AP), Rui Costa (PT-BA), Camilo Santana (PT-CE), Renato Casagrande (PSB-ES), Flávio Dino (PCdoB-MA), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevedo (PSB-PB), Fátima Bezerra (PT-RN), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Belivaldo Chagas (PSD-SE).

Atualizada às 10h45
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