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CAOS SANITÁRIO

Secretário relata dificuldade de prefeitos, mas cobra melhoria no tratamento precoce: “se eu abrir 200 leitos, taxa de ocupação continua em 100%”

28 Mar 2021 - 07:55

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Secretário relata dificuldade de prefeitos, mas cobra melhoria no tratamento precoce: “se eu abrir 200 leitos, taxa de ocupação continua em 100%”
Com quase 550 leitos de UTIs abertas para atender pacientes com complicações causadas pela Covid-19, o secretário estadual de Saúde (SES), Gilberto Figueiredo, afirma que caso não haja investimento na atenção básica, com tratamento precoce, as pessoas continuarão morrendo. Avalia que no cenário atual a lotação máxima na alta complexidade continuará, independente de quantos leitos o governo conseguir abrir.


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“Nós precisamos salvar as pessoas logo, identificando sintomas no primeiro momento e salvar as pessoas que demandarem pela assistência hospitalar nas enfermarias, não apostar que é na UTI. Nós não ganhamos essa competição apenas abrindo leitos de UTI. Se eu abrir 200 leitos hoje, a taxa de ocupação vai continuar em 100%”, declarou, nesta quarta-feira (24).

Gilberto reforça que o estado arca sozinho com os custos das UTIs, já que ainda aguarda recursos financeiros do governo federal. Explica que após um ano de pandemia, uma equipe tenta redesenhar um protocolo de tratamento da Covid-19. “Tanto na atenção primária, secundária, terciária, e até no tratamento precoce que até hoje tem uma celeuma no país se tal remédio serve ou não serve. Então quem discute esse assunto são profissionais especialistas neste campo”.

“Nós não estamos economizando, se tivesse condições de abrir mil leitos de UTI eu abriria. Tem um colapso nacional, não é algo exclusivo do estado de Mato Grosso, por isso é necessário atacar no atendimento precoce e por isso melhorar as estruturas da rede primária e secundária”, completou.

Ao ressaltar que o governo estadual não tem capacidade de assumir a responsabilidade de todo o sistema público de saúde, o secretário ainda revela que muitos municípios ainda não conseguiram avançar na instalação de centros de triagem e abertura de leitos, mesmo com o apoio do estado. Nas últimas semanas, o Palácio Paiaguás firmou parceria com prefeitos para a abertura de 500 leitos clínicos em 160 UTIs. Além disso, comprou 500 mil testes para distribuir às prefeituras.

“Mais de 100 secretários foram substituídos após a eleição, nós estamos há dois meses e meio praticamente que toda essa equipe tomou posse. Até conseguirem colocar uma máquina para funcionar não é fácil, é difícil. Muitos pegaram sem estoque nenhum nas unidades, outros pegaram já sem recurso, que veio e praticamente evaporou. Então, existe uma dificuldade para que municípios possam com velocidade se readequar”, declarou.
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