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imunizante contra covid

Ao defender produção de vacina pelo agro, Wellington diz que país deixou de investir em tecnologia

03 Abr 2021 - 08:05

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Marcos Lopes

Ao defender produção de vacina pelo agro, Wellington diz que país deixou de investir em tecnologia
Relator da Comissão Temporária do Senado que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19, o senador Wellington Fagundes (PL) defende que o governo federal libere a incorporação de laboratórios de produção de imunizante de uso animal na produção de vacinas contra o novo coronavírus. A proposta adicionará 400 milhões de doses ao programa de imunização, a serem produzidas dentro de 90 dias, reduzindo o calendário.


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A proposta vem sendo debatida nas últimas semanas e foi apresentada pelo próprio setor, por meio do Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal). Segundo a instituição, as plantas dos laboratórios usadas na produção de vacinas para a saúde animal podem ser empregadas na produção das vacinas já em desenvolvimento no país, principalmente a Coronavac.

Para isso, Wellington defende a contribuição do governo federal. “Se hoje nós temos uma grande produção agropecuária no Brasil, grande parte das pesquisas foi feita pela iniciativa privada. Num Brasil em desenvolvimento, o papel do governo é, principalmente, não atrapalhar. Se o governo tivesse essa capacidade de simplificar, a vida do brasileiro seria muito melhor. Nós temos condições de produzir a vacina e parece que estamos descobrindo o mundo, pois não enxergamos nosso potencial. O investimento tem que ser público em áreas estratégicas, mas a iniciativa privada está pronta para fazê-lo. A indústria não está pedindo dinheiro do governo, quer fazer, falta só o governo deixar”.

Wellington afirma que a proposta já foi apresentada ao novo ministro da Saúde Marcelo Queiroda, durante reunião em Brasília na sexta-feira (26), com participação do deputado federal José Medeiros (Podemos). Na ocasião, o Queiroga entrou em contato com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que determinou atenção na questão. Por isso, na tarde desta segunda-feira (29), haverá reunião de trabalho entre os ministérios da Saúde, Ciência e Tecnologia e Agropecuária.

De acordo com o senador, as doses poderão ser produzidas em três indústrias da Merck Sharp&Dhome, uma das maiores do mundo de produção farmacêutica humana e animal. Elas estão localizadas em Ribeirão Preto (SP), Montes Claros (MG) e Belo Horizonte (MG).

Ao enaltecer a iniciativa de empresas privadas, Wellington lamentou a falta de investimento do governo federal na produção de vacinas e o corte na área de Ciência e Tecnologia. O orçamento aprovado para 2021 aprovou apenas R$ 8,36 bilhões para o ministério ante R$ 11,72 bilhões do ano passado.

“Nosso parque de produção de vacinas era muito maior no passado, hoje nós estamos reduzidos a apenas dois laboratórios de produção de vacina humana; a Fiocruz e Butantan. Por isso que estamos trazendo essa alternativa, já que o Brasil é um país extremamente rico, que tem uma produção de proteína animal de ponta e, em consequência disso, temos um parque industrial muito forte na produção de vacina na saúde animal, que pode salvar o Brasil”.
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