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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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CRM abre sindicância contra hospital particular para apurar denúncia sobre morte de major

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

CRM abre sindicância contra hospital particular para apurar denúncia sobre morte de major
O Conselho Regional de Medicina (CRM/MT) abriu sindicância para apurar as graves denúncias feitas pela técnica de enfermagem Amanda Demondes Benício, 38 anos, que acusa o Hospital São Judas Tadeu de irregularidades que teriam levado a morte de pelo menos um paciente no Hospital São Judas Tadeu, onde trabalhava. Os envolvidos serão convocados para prestar esclarecimentos sobre o caso.


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Em nota, divulgada nesta terça-feira (06), o CRM explica que a técnica em enfermagem, apesar de ter registrado boletim de ocorrências, não fez nenhum denúncia ao órgão. Porém, mesmo assim, com base no que foi noticiado na imprensa, a sindicância foi instaurada “ex-officio” (por imposição legal).
 
“O que acontece depois disso, é o CRM-MT se reportar às pessoas envolvidas no fato, solicitando informações pertinentes ao atendimento do  referido paciente , sempre buscando a verdade dos fatos e oportunizando a ampla defesa e o contraditório nesse atendimento”, diz trecho da nota.
 
Por força de lei, a sindicância correrá sob sigilo.

O Comando Geral da Polícia Militar oficiou, na segunda-feira (05), o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) fazendo uma solicitação de apuração, administrativa e criminal, sobre a possível negligência sofrida pelo major PM Thiago Martins de Souza durante sua internação no Hospital São Judas Tadeu.

Em prints de uma conversa no Whatsapp, que circulam pela internet, o militar relata que o atendimento na unidade é ruim e haviam poucos profissionais. Ele contou que em uma ocasião um profissional esqueceu um aparelho em seu rosto, e ele próprio teve que retirar.
 
Denúncia de mortes
 
A técnica de enfermagem Amanda Delmondes Benício, que trabalhava no Hospital São Judas Tadeu, em Cuiabá, registrou um boletim de ocorrências para denunciar irregularidades na unidade. Segundo ela, um paciente, major da PM, que estava saturando não estava recebendo o tratamento correto. Ele acabou morrendo. Antes, ele conseguiu pedir socorro a amigos e a uma advogada pelo celular. O hospital nega todas as acusações e prometeu tomar medidas cíveis e criminais contra a denunciante.
 
Amanda relatou que trabalhou até o dia 1º de abril no Hospital São Judas Tadeu como técnica de enfermagem e foi demitida naquele dia pois tentou contar nas redes sociais as irregularidades que estavam ocorrendo na unidade.
 
Ela disse que fecharam o centro cirúrgico e fizeram uma semi-UTI. Afirmou que não tem sedação, medicamentos, disse que estão amarrando pacientes porque estão acordando.
 
A técnica de enfermagem disse que tentou comunicar aos donos do hospital sobre a situação que os pacientes estavam passando. Ela buscou pelas redes sociais, mas suas mensagens não teriam chegado aos donos. Ela conversou com outras pessoas e depois foi comunicada da demissão.
 
Ela também contou a situação do major PM Thiago. Segundo a denunciante, uma fisioterapeuta foi fazer diária no hospital e colocou a máscara VNI nos pacientes e jogou a pressão ao contrário. Segundo ela, Thiago estava saturando há duas semanas e a máscara é usada para ajudar o pulmão e a saturação. Como a pressão foi jogada ao contrário o major ficou roxo e os pacientes que estavam no quarto pediram socorro, porque Thiago pedia socorro.
 
A técnica em enfermagem então tirou a máscara VNI e conectou a máscara Venture 15l. O major, por seu celular, conseguiu enviar uma mensagem para uma amiga advogada para ir ao hospital, pois estavam "matando" ele, e pediu socorro.
 
O major conseguiu mandar mensagem para vários amigos e pediu para a advogada registrar um boletim de ocorrências, relatando o que havia acontecido no hospital. Segundo a enfermeira, durante a troca do plantão a equipe teria dito, na frente de Thiago, que teriam que deixar um paciente morrer para entubá-lo, e foi o que fizeram.
 
Quando a enfermeira foi hoje ao hospital questionar que os valores devidos a ela não foram depositados, foi mal tratada e por isso decidiu relatar o que viu.
 
Outro lado
 
Confira abaixo a íntegra do posicionamento do hospital:
 
O Hospital São Judas Tadeu vem, nesta oportunidade, negar veementemente todas as notícias veiculadas na data de hoje, 5 de abril de 2021, que envolvem condutas supostamente promovidas em desfavor da saúde dos pacientes.
 
As acusações espúrias foram proferidas por uma funcionária que trabalhou 50 dias na Instituição, e foi demitida na semana passada justamente por práticas dissonantes com as exigidas pelo Hospital e, por isso, utiliza-se dessa pauta com cunho de promover retaliação e vingança.
 
É evidente que as afirmações são desprovidas de qualquer fundamento e principalmente provas. Diante da gravidade, o Hospital está empenhado na adoação das medidas cíveis e criminais cabíveis em face da profissional e isso será a maior resposta que poderemos dar a população.
 
De qualquer forma, reforçamos que o Hospital São Judas Tadeu é uma Instituição séria e respeitada, com histórico de excelência em serviços prestados à população cuiabana há mais de 35 anos.
 
Sempre atuamos com profissionais sérios e comprometidos com a ética e o bem estar dos pacientes e assim permaneceremos nossa caminhada.
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