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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​CONTRATO DE R$ 8 MI

Observatório Social questiona contratação de empresa para hospital de VG com 100% de mortalidade em UTI

Foto: Reprodução

Observatório Social questiona contratação de empresa para hospital de VG com 100% de mortalidade em UTI
O Observatório Social de Mato Grosso encaminhou uma carta aberta ao governador Mauro Mendes (DEM) fazendo uns questionamentos sobre a contratação da Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI), por R$ 7,9 milhões, para prestação de serviços de gerenciamento de 20 leitos de UTI no Hospital Metropolitano de Várzea Grande. Esta empresa foi contratada em 2020 para prestação dos mesmos serviços no Hospital Regional de Sinop e o Observatório analisou que nos meses de outubro, novembro e dezembro daquele ano a taxa de mortalidade foi de 100%.


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A contratação foi publicada no Diário Oficial do Estado, no entanto, com exceção de alguns documentos, segundo o Observatório. A OGTI será a responsável pelo gerenciamento de 20 leitos de UTI do Hospital Metropolitano de Várzea Grande pelo valor de R$  7.920.000,00. Esta empresa, porém, teria um histórico de resultados ruins na prestação do serviço.

O Observatório Social explicou que os registros de saída da UTI podem ser por alta, transferência ou morte. Nos últimos três meses de 2020 todas as saídas da UTI do Hospital Regional de Sinop teriam sido por morte. 

A instituição vem acompanhando esta situação desde julho do ano passado, quando a taxa de mortalidade já era alta. Foram publicadas duas análises dos óbitos naquela unidade de saúde, com base em duas metodologias diferentes, e em ambas foram detectadas taxas de mortalidade altíssimas.

O governador foi notificado sobre esta taxa, para que tomasse providências. O Governo respondeu que seria constituída comissão de apuração de mortalidade e contratada uma "consultoria em assistência hospitalar". Segundo o Observatório, até o momento não se tem notícia de conclusão dessa comissão e, apesar do Secretário afirmar à época (16/01/2021) “ter iniciado” a consultoria, até a presente data não há informação no portal da transparência Covid-19 de que tenha se efetivado.

A instituição então questiona o motivo da contratação desta empresa para cuidar dos leitos de UTI do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, apesar dos resultados no Hospital Regional de Sinop.

"O Observatório Social de Mato Grosso recebeu com extremo assombro a decisão do Governo do Estado de Mato Grosso de submeter os cidadãos da região metropolitana à prestação de serviço da OGTI, principalmente sem a conclusão da comissão de apuração da mortalidade e sem o acompanhamento de consultoria especializada em assistência hospitalar, medidas que o próprio Estado se propôs a tomar".

O Observatório Social então pediu ao governador: a publicação imediata do contrato e do processo de contratação da empresa, na íntegra, no Portal da Transparência; o motivo pelo qual foi prorrogado duas vezes o prazo de conclusão da comissão de apuração da mortalidade no HR de Sinop, e não foram apresentadas as conclusões; e o motivo pelo qual decidiu contratar esta empresa para o gerenciamento dos leitos de UTI em Várzea Grande, apesar dos resultados apresentados em Sinop.

"Cuiabá e Várzea Grande, as duas maiores cidades do estado e principais municípios da região metropolitana, já apresentam índices de letalidade da Covid-19 entre os 10 mais altos do país e a chegada da OGTI no Metropolitano, à luz de todo o exposto, não parece ser uma boa escolha sob o ponto de vista de salvar vidas", diz trecho da carta.

A instituição também oficiou o Ministério Público de Mato Grosso e o Ministério Público Federal para apuração do caso. Uma cópia da carta também foi encaminhada à Prefeitura Municipal de Várzea Grande e à Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Por meio de nota a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) disse que não se deve atribuir "as mesmas denúncias passadas" à contratação recente. Segundo a SES a OGTI atendeu a todos os pré-requisitos do processo licitatório. A OGTI também se manifetou por meio de nota.

Veja a noda da OGTI:

Nota de Esclarecimento

A Supremecare, sediada no município de Cuiabá, vem a público nesta terça-feira (06.04.21) para responder aos ataques espúrios feitos pelo Observatório Social de Mato Grosso sobre a inauguração de 20 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Metropolitano de Várzea Grande. São centenas de vidas que serão salvas.

Em nota, o observatório questiona o Governo do Estado pela contratação da Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI) para gestão destes novos leitos. A OGTI é a empresa matriz da Supremecare. O observatório apresenta uma série de dados falsos sobre a mortalidade de pacientes na UTI do Hospital Regional de Sinop, onde durante três meses teriam sido registrados índices de 100% de óbitos entre os pacientes na referida unidade. Trata-se de um dado fictício e fantasioso, rodeado de interesses que em nada representam a população de Mato Grosso, e, certamente, demonstram a duvidosa integridade ética do observatório.

O próprio Governo do Estado publicou em seu site uma notícia mostrando que os dados estavam errados. Porém, mesmo assim, o observatório volta a atacar o Sistema de Saúde com suas mentiras.

A suposta carta publicada pelo observatório apenas coloca dúvidas desnecessárias sobre a sociedade. São as famosas e covardes fakenews. A instituição atua com profundo desrespeito aos mais de 50 profissionais da área de saúde contratados para atuar na linha de frente dos novos leitos. Por plantão, são 12 técnicos de enfermagem, dois enfermeiros, dois médicos, e dois fisioterapeutas, além de assistente social, fonoaudiólogo, psicólogo, dentista, nutricionista e 11 médicos especialistas que atendem conforme necessidade específica de cada paciente.

Trata-se de um gigantesco esforço para garantir atendimento de qualidade para a população que sofre com a pandemia, especialmente neste momento de grande dificuldade para contratação de profissionais. São heróis que colocam as suas vidas, assim como de seus familiares, em risco em jornadas de trabalho exaustivas.

Em tempo, a Supremecare lembra a toda sociedade mato-grossense que o Observatório Social de Mato Grosso não é reconhecido pelo Sistema Observatório Social do Brasil, justamente por não seguir os padrões de metodologia e integridade necessários. Trata-se de um “observatório pirata”, cujos objetivos e prejuízos causados à sociedade devem sim ser investigados.

A Supremecare seguirá prestando seus serviços com máxima dedicação e responsabilidade, e sempre se coloca à disposição para restabelecer a verdade.


Leia a nota da SES na íntegra:

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informa que tomou conhecimento, em setembro de 2020, das denúncias feitas pelo Observatório Social, relacionadas à prestação de serviços pela empresa Organização Goiana de Terapia Intensiva no Hospital Regional de Sinop. Na época, a gestão estadual tomou todas as medidas necessárias quanto à apuração das acusações e ao aprimoramento dos serviços prestados. 

A SES-MT pontua que não se deve atribuir as mesmas denúncias passadas – e já esclarecidas – à recente contratação para a prestação de serviços no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande. A vigência do contrato nesta unidade hospitalar teve início em 1º de abril, após a empresa atender a todos os pré-requisitos do processo licitatório.
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